“Submersíveis não foram feitos para ficar no fundo, descem por gravidade e sobem por flutuação”

“Submersíveis não foram feitos para ficar no fundo, descem por gravidade e sobem por flutuação”


Ricardo Serrão Santos explicou que o submersível é experimental e integra “novas engenharias e materiais”, tendo por isso suscitado “vários alertas”, mesmo com “toda a tecnologia de submersíveis que existe no planeta ser já bastante consistente”. 


Ricardo Serrão Santos, cientista e ex-ministro do Mar, afirmou esta quinta-feira não estar “nada otimista” em relação ao submarino Titan, que desapareceu no Atlântico Norte no domingo com cinco pessoas a bordo.  

“Não estou nada otimista em relação a esta situação. Os submersíveis não foram feitos para ficar no fundo, descem por gravidade e sobem por flutuação. Esta perda de comunicações é grave. O submersível tem que vir à superfície e, se não veio, é porque algo de muito grave aconteceu", afirmou o ex-ministro, em declarações à agência Lusa. 

O ex-governante explicou que o submersível é experimental e integra "novas engenharias e materiais”, tendo por isso suscitado "vários alertas", mesmo com "toda a tecnologia de submersíveis que existe no planeta ser já bastante consistente". 

Com a tecnologia de hoje em dia, o investigador afirma que já é possível ir ao ponto mais profundo dos oceanos, a cerca de 11 mil metros de profundidade, “com segurança”. 

O submersível tinha como objetivo visitar o que resta do Titanic, cujos destroços se encontram a cerca de 3.000 metros de profundidade.  

As operações de busca continuam tendo hoje entrado numa fase crítica, uma vez que as reservas de oxigénio já estarão esgotadas, de acordo com a imprensa internacional.