Plano para maternidades já entrou em vigor

Plano para maternidades já entrou em vigor


Entrou ontem em vigor  o plano ‘Nascer em Segurança’ do SNS. Das 41 unidades existentes, apenas 27 maternidades públicas estarão em pleno funcionamento no verão.


por Fábio Sousa

Entrou em vigor ontem, quinta-feira, a operação ‘Nascer em Segurança’ , da direção executiva do Serviço Nacional de Saúde (SNS), que estipula que maternidades estarão em funcionamento durante o verão.

Das 41 unidades existentes – um lote que inclui três privadas –, apenas 27 maternidades públicas estarão em pleno funcionamento neste período. Tanto em Lisboa e Vale do Tejo como no Algarve haverá unidades com alguns constrangimentos, sendo que nove delas irão mesmo encerrar em dias pré-agendados, funcionando, segundo o previsto, de forma alternada.

Uma das duas maternidades que irão estar encerradas é a das Caldas da Rainha, que fechou ontem para obras que se prevê durarem quatro a cinco meses. A outra unidade que também estará de portas fechadas no verão será a do Hospital de Santa Maria, em Lisboa, mas só deixará de funcionar em agosto, devendo ficar encerrada entre seis meses e um ano.

Para dar apoio à região das Caldas da Rainha, estará em funcionamento, todos os dias, 24 horas por dia, a maternidade do Hospital de Abrantes, que até aqui encerrava aos fins de semana. Ao mesmo tempo, o Hospital de Leiria irá fortalecer o contingente de recursos humanos durante o período em questão para reforçar a capacidade de resposta na região Oeste. 

No caso da unidade do Santa Maria, as grávidas serão encaminhadas para o Hospital Francisco Xavier, no Restelo.

 

Acordo com os privados

O plano também contempla que  as grávidas a partir das 36 semanas de gestação possam ser enviadas para uma urgência privada. Essa decisão não será, porém, tomada pela grávida, mas sim pelos médicos do INEM. O SNS pede ainda que as grávidas contactem o SNS24 para obterem orientações sobre o serviço e bloco de parto mais próximo de portas abertas.

Este plano tem como objetivo atenuar a eventual falta de resposta no setor hospitalar, num momento em que o serviço prestado pelo SNS_tem sido alvo de forte contestação. Note-se que ainda em final de abril deste ano um casal de Santiago do Cacém perdeu o bebé depois de a mãe estar «mais de duas horas dentro da ambulância sem saber para que unidade hospitalar iria».

 

* Editado por José Cabrita Saraiva