Antigo vice-presidente do BCP Christopher de Beck morreu, esta quinta-feira de madrugada, aos 77 anos. O ex-administrador do BCP, do tempo de Jardim Gonçalves, estaria doente há já algum tempo.
O velório decorre hoje a partir das 17h30 na Basílica da Estrela, em Lisboa, e o funeral é na sexta-feira, segundo informações da Servilusa.
A missa está marcada para as 13h00 de sexta-feira e às 14h00 decorre o funeral.
Sublinhe-se que a morte de Christopher de Beck é conhecida no mesmo dia em que morreu Manuel Fino, aos 98 anos, acionista do BCP.
Christopher Beck entrou para o banco em 1985 quando este foi criado. Aliás, veio do Banco Português do Atlântico (BPA), tal como o fundador do BCP, Jardim Gonçalves, de quem viria a ser vice-presidente.
Estava ainda no BCP aquando da luta pelo poder que opunha Jardim Gonçalves e Paulo Teixeira Pinto, com quem partilhou a Comissão Executiva, disputa que chegou a ir a tribunal com acusações de manipulação de mercado, crime pelo qual Christopher de Beck foi absolvido em 2014, ao contrário do fundador do banco, e dos gestores Filipe Pinhal e António Rodrigues.
O atual CEO do banco, Miguel Maya, que chegou a trabalhar com De Beck, já reagiu à morte do antigo vice-presidente sublinhando o contributo da “maior relevância para a construção e desenvolvimento do BCP”.
“De entre os muitos contributos relevantes nas múltiplas áreas do banco que coordenou, destacaria especialmente, pelo facto do seu trabalho se fazer sentir ainda hoje de uma forma indelével na cultura do BCP, ter sido pioneiro na intensa integração de tecnologia nos modelos e processos de negócio, com vista a alargar a oferta e a simplificar as interações dos clientes com o banco”, lê-se na nota publicada no portal interno do banco, e a que o Nascer do Sol teve acesso.