Parlamento. Santos Silva defende que pode expulsar deputados em caso de ofensa ou interrupção

Parlamento. Santos Silva defende que pode expulsar deputados em caso de ofensa ou interrupção


Presidente da AR excluiu o Chega das delegações das suas visitas oficiais a parlamentos estrangeiros, na sequência da sessão de boas-vindas a Lula da Silva, no dia 25 de Abril.


Augusto Santos Silva defende que o Regimento da Assembleia da República lhe confere poderes para expulsar deputados do plenário, em caso de ofensa ou interrupção sistemática, podendo até recorrer a agentes da autoridade para a retirada da sala.

A posição do presidente da Assembleia da República foi transmitida na Conferência de Líderes, na passada quarta-feira, de acordo com a súmula da reunião.

O "insulto pessoal e a interrupção sistemática de quem preside ao plenário, ou a ofensa igualmente sistemática a chefes de Estado ou outras personalidades", põem em causa "a continuidade do plenário com a presença do infrator", transmitiu Santos Silva.

"O artigo 16.º do Regimento confere ao presidente da Assembleia da República a responsabilidade de assegurar a ordem e a disciplina, recorrendo aos meios que entender necessários, e isso significa, no limite, determinar a expulsão do plenário, pelo curso restante da sessão em causa, do infrator, podendo recorrer aos agentes de autoridade para fazer executar essa ordem, se ela não for acatada", lê-se ainda na súmula.

Estas declarações do presidente da Assembleia foram feitas na ocasião em que Santos Silva informou que iria excluir o Chega, com efeitos imediatos, das delegações das suas visitas a parlamentos estrangeiros, na sequência do comportamento dos deputados daquele Partido na sessão de boas-vindas a Lula da Silva, no dia 25 de Abril.