Peru declara estado de emergência nas fronteiras para impedir passagem migrantes

Peru declara estado de emergência nas fronteiras para impedir passagem migrantes


Centenas de migrantes que estavam no Chile, maioritariamente vindos do Haiti e da Venezuela, de acordo com a ONU, estão a tentar sair do país e estão há semanas retidos na fronteira entre Tacna, no sul do Peru, e Arica, no norte do Chile.


A presidente do Peru declarou o estado de emergência nas fronteiras do país e ordenou o envio do exército para reforçar os postos de controlo e bloquear os migrantes que chegam vindos do Chile, avança a Lusa.

Dina Boluarte informou, na quarta-feira, que militares seriam enviados para reforçar a polícia nas passagens de fronteira com Chile, Bolívia, Brasil, Equador e Colômbia.

"A polícia vai manter o controlo da ordem interna com o apoio das forças armadas", disse aa presidente, aos jornalistas, sem adiantar que restrições às liberdades individuais e públicas serão aplicadas sob o estado de emergência, nem a sua duração.

Centenas de migrantes que estavam no Chile, maioritariamente vindos do Haiti e da Venezuela, de acordo com a ONU, estão a tentar sair do país e estão há semanas retidos na fronteira entre Tacna, no sul do Peru, e Arica, no norte do Chile.

O governo peruano já enviou 200 agentes da polícia para reforçar as passagens de fronteira numa tentativa de conter o crime transnacional, garante Dina Boluarte.

O Peru está a passar uma onda de confrontos entre manifestantes e agentes policiais e forças militares, onde já morreram 49 civis e 1.300 pessoas ficaram feridas.

Os protestos começaram por causa da destituição do ex-presidente Pedro Castillo, por ter promovido um alegado golpe de Estado em 7 de dezembro, e pela sucessão constitucional da vice-presidente Dina Boluarte.