O vazio pode dar esperança


Vemos o vazio de liderança pela verdade no caso da TAP em que já ninguém entende quem mentiu mais, quem sai pior e quem fica mais chamuscado. Há um vazio presidencial que compromete quem governa e está comprometido com quem é oposição política atual.


 

Nem todo o vazio fica preenchido de consequências más ou negativas. Mas, no que remete para a credibilidade das instituições, pelo respeito institucional e para dar espaço a maus exemplos é preocupante viver com um vazio que qualquer erro pode ocupar.

 

Costuma dizer-se, em política geralmente, que não há vazios. O espaço é sistematicamente ocupado. O espaço vazio que os bons princípios deixam e os maus costumes ocupam.

 

A falta de exemplo de quem deve liderar dá espaço à mediocridade que vive da ridicularização por parte de quem só serve para ser anti-algo e contra tudo.

Seja a ideologia de direita ou esquerda a liderar um governo ou esteja eleito que presidente da república seja. É eterno. Subsistem do vazio de coragem de calar quem só fala disparates.

 

Sobre “vazios” diferentes. A exceção na parte pessoal. Aí é antagónico. Há clichês apregoados à toa, meramente teóricos, que na prática são sentimentalmente errados. Exemplo crítico uma frase como “só faz falta quem cá está” quando vivemos a sentir que há muita gente que não está connosco, agora, e faz muita falta na mesma.

Esse vazio não é o vazio a que me refiro. Esse respeito.

 

Recuperar o foco do vazio que interessa preencher nesta conversa.

O vazio que temos em todo o lado. Nas instituições, nas situações e nas revelações de cada caso. A culpa morre sempre solteira ou, se quisermos, vazia de dono.

A descredibilização de tudo e todo o sistema.

 

Vemos o vazio de liderança pela verdade no caso da TAP em que já ninguém entende quem mentiu mais, quem sai pior e quem fica mais chamuscado.

Há um vazio presidencial que compromete quem governa e está comprometido com quem é oposição política atual.

 

Estes espaços têm sido ocupados pela desinformação.

Outras vezes são ocupados pelos populismos políticos que pretendem “votantes” a qualquer custo. Sim, falo da extrema-direita e da extrema-esquerda.

 

Nestes casos (já são muitos nesta legislatura) o pior será sempre o vazio político.

E não é um vazio que a sociedade possa cobrir. É algo que começa a ser a natural e a ter sempre meramente uma reação quando devia ser combatido a todo o espaço por quem tem responsabilidades e foi eleito.

 

Estes vazios metem em descrédito as instituições e os setores. A TAP é o caso mais recente. Uma empresa que é estrategicamente vital para a economia nacional foi vendida ao desbarato ao seu único comprador atual: A vergonha alheia.

 

Na educação vivemos em descrédito com quem tutela condições de ensino, devia contribuir para a melhoria dos parques escolares e defender a classe dos professores. É um vazio de largos meses. É uma falta de respeito por quem muitas vezes ensina as crianças a ter respeito pelos outros.

 

Na saúde descredibilizámos algo que precisamos desde que nascemos até quando partimos: os Hospitais.

Hoje é comum atacar, ridicularizar publicamente e ler diariamente (!) em manchetes as ‘manchas’ que já não saem deste forte lençol que é o SNS. E, se fosse mesmo um lençol, já entendemos que ou destapa os pés ou deixa o resto de fora. Encolheu na máquina de lavar roupa suja política.

 

O tecido da saúde está curto mesmo que aumentem os cargos e funções com CEO’s ou troquem de Ministros.

A COVID ainda servirá de resposta? Ou foi a Troika ainda? Não. É um vazio com uma década do mesmo Governo.

Um belo buraco de credibilidade que fica, que não se resolve com uma costura qualquer, salvem-se os médicos, enfermeiros, farmacêuticos e todos os profissionais de saúde. Não merecem ter de preencher sozinhos o vazio que políticos e políticas públicas lhe deixaram em campo aberto.

 

É isto. Mas também pode ser visto pelo lado certo.

Qualquer vazio dá oportunidade à esperança de que esse espaço seja preenchido com melhorias. É pena que deixemos chegar muitas situações a um limite extremo, já dizia Platão que “Não espere por uma crise para descobrir o que é importante em sua vida.”

 

O primeiro passo é entendermos que há pouco espaço, o vazio também é finito, para fazer pior ainda.

 

O segundo é ter esperança, nem que seja porque “A esperança é o sonho do homem acordado.”, disse Aristóteles, mas, em 2023, dizermos todos os portugueses que querem e sonham com um Portugal melhor.

 

É necessário acabar com o vazio. Saibamos. Mas mais importante é encontrar espaço para colocar esperança, foco e atitude.

 

Preencher este espaço repleto de medo. Medo de erros políticos. Medo da crítica. Medo de apostar com a clareza de propostas que, embora possam desagradar a partes da sociedade, resolvam dessa forma os impasses na vida da maioria das classes, dos setores e da população portuguesa.

 

Acabar com o vazio para que politicamente não venham populistas, extremistas e demagogos descredibilizar a educação, a saúde, a economia, mas também usar chavões para prejudicar ainda mais empresas como a TAP, a CP ou CTT sem nunca conseguirem apresentar uma proposta para fazer diferente.

 

O vazio possibilita isso: Dá espaço aos fracos de se armarem em fortes e repele os bons que não se querem misturar com os maus.

 

Que neste fundo vazio possamos ter uma réstia de esperança para começar a preencher o espaço.

O vazio pode dar esperança


Vemos o vazio de liderança pela verdade no caso da TAP em que já ninguém entende quem mentiu mais, quem sai pior e quem fica mais chamuscado. Há um vazio presidencial que compromete quem governa e está comprometido com quem é oposição política atual.


 

Nem todo o vazio fica preenchido de consequências más ou negativas. Mas, no que remete para a credibilidade das instituições, pelo respeito institucional e para dar espaço a maus exemplos é preocupante viver com um vazio que qualquer erro pode ocupar.

 

Costuma dizer-se, em política geralmente, que não há vazios. O espaço é sistematicamente ocupado. O espaço vazio que os bons princípios deixam e os maus costumes ocupam.

 

A falta de exemplo de quem deve liderar dá espaço à mediocridade que vive da ridicularização por parte de quem só serve para ser anti-algo e contra tudo.

Seja a ideologia de direita ou esquerda a liderar um governo ou esteja eleito que presidente da república seja. É eterno. Subsistem do vazio de coragem de calar quem só fala disparates.

 

Sobre “vazios” diferentes. A exceção na parte pessoal. Aí é antagónico. Há clichês apregoados à toa, meramente teóricos, que na prática são sentimentalmente errados. Exemplo crítico uma frase como “só faz falta quem cá está” quando vivemos a sentir que há muita gente que não está connosco, agora, e faz muita falta na mesma.

Esse vazio não é o vazio a que me refiro. Esse respeito.

 

Recuperar o foco do vazio que interessa preencher nesta conversa.

O vazio que temos em todo o lado. Nas instituições, nas situações e nas revelações de cada caso. A culpa morre sempre solteira ou, se quisermos, vazia de dono.

A descredibilização de tudo e todo o sistema.

 

Vemos o vazio de liderança pela verdade no caso da TAP em que já ninguém entende quem mentiu mais, quem sai pior e quem fica mais chamuscado.

Há um vazio presidencial que compromete quem governa e está comprometido com quem é oposição política atual.

 

Estes espaços têm sido ocupados pela desinformação.

Outras vezes são ocupados pelos populismos políticos que pretendem “votantes” a qualquer custo. Sim, falo da extrema-direita e da extrema-esquerda.

 

Nestes casos (já são muitos nesta legislatura) o pior será sempre o vazio político.

E não é um vazio que a sociedade possa cobrir. É algo que começa a ser a natural e a ter sempre meramente uma reação quando devia ser combatido a todo o espaço por quem tem responsabilidades e foi eleito.

 

Estes vazios metem em descrédito as instituições e os setores. A TAP é o caso mais recente. Uma empresa que é estrategicamente vital para a economia nacional foi vendida ao desbarato ao seu único comprador atual: A vergonha alheia.

 

Na educação vivemos em descrédito com quem tutela condições de ensino, devia contribuir para a melhoria dos parques escolares e defender a classe dos professores. É um vazio de largos meses. É uma falta de respeito por quem muitas vezes ensina as crianças a ter respeito pelos outros.

 

Na saúde descredibilizámos algo que precisamos desde que nascemos até quando partimos: os Hospitais.

Hoje é comum atacar, ridicularizar publicamente e ler diariamente (!) em manchetes as ‘manchas’ que já não saem deste forte lençol que é o SNS. E, se fosse mesmo um lençol, já entendemos que ou destapa os pés ou deixa o resto de fora. Encolheu na máquina de lavar roupa suja política.

 

O tecido da saúde está curto mesmo que aumentem os cargos e funções com CEO’s ou troquem de Ministros.

A COVID ainda servirá de resposta? Ou foi a Troika ainda? Não. É um vazio com uma década do mesmo Governo.

Um belo buraco de credibilidade que fica, que não se resolve com uma costura qualquer, salvem-se os médicos, enfermeiros, farmacêuticos e todos os profissionais de saúde. Não merecem ter de preencher sozinhos o vazio que políticos e políticas públicas lhe deixaram em campo aberto.

 

É isto. Mas também pode ser visto pelo lado certo.

Qualquer vazio dá oportunidade à esperança de que esse espaço seja preenchido com melhorias. É pena que deixemos chegar muitas situações a um limite extremo, já dizia Platão que “Não espere por uma crise para descobrir o que é importante em sua vida.”

 

O primeiro passo é entendermos que há pouco espaço, o vazio também é finito, para fazer pior ainda.

 

O segundo é ter esperança, nem que seja porque “A esperança é o sonho do homem acordado.”, disse Aristóteles, mas, em 2023, dizermos todos os portugueses que querem e sonham com um Portugal melhor.

 

É necessário acabar com o vazio. Saibamos. Mas mais importante é encontrar espaço para colocar esperança, foco e atitude.

 

Preencher este espaço repleto de medo. Medo de erros políticos. Medo da crítica. Medo de apostar com a clareza de propostas que, embora possam desagradar a partes da sociedade, resolvam dessa forma os impasses na vida da maioria das classes, dos setores e da população portuguesa.

 

Acabar com o vazio para que politicamente não venham populistas, extremistas e demagogos descredibilizar a educação, a saúde, a economia, mas também usar chavões para prejudicar ainda mais empresas como a TAP, a CP ou CTT sem nunca conseguirem apresentar uma proposta para fazer diferente.

 

O vazio possibilita isso: Dá espaço aos fracos de se armarem em fortes e repele os bons que não se querem misturar com os maus.

 

Que neste fundo vazio possamos ter uma réstia de esperança para começar a preencher o espaço.