Energia. Governo aprova alargamento do regime que reduz preço da energia no mercado ibérico

Energia. Governo aprova alargamento do regime que reduz preço da energia no mercado ibérico


Medida surgiu no âmbito da crise energética e da guerra na Ucrânia que colocou uma pressão elevada no mercado energético.


O Conselho de Ministros aprovou, esta quarta-feira, a extensão do mecanismo ibérico da eletricidade até ao final do ano, em sede de reunião extraordinária,

Foi aprovado, por via eletrónica, o decreto de lei que prorroga até 31 de dezembro de 2023 o regime excecional que estabelece a fixação de um preço de referência para o gás natural consumido na produção de energia elétrica transacionada no Mercado Ibérico de Eletricidade (MIBEL), com vista à redução dos respetivos preços.

O comunicado do Governo aponta que "perante a perspetiva da manutenção do atual cenário geopolítico e económico, importa proceder à prorrogação do período inicialmente determinado, assim como à revisão das regras de cálculo, ajuste e liquidação dos custos de produção de energia elétrica no respetivo mercado grossista" acrescentando que esta medida procura "continuar a assegurar a justa compensação dos produtores de energia elétrica a partir do gás natural" e ainda, " garantir a proteção dos consumidores de eletricidade".

Esta medida vem no seguimento da luz verde dada ontem pela comissão europeia relativamente à extensão do mecanismo ibérico. Duarte Cordeiro, Ministro do Ambiente, afirmou em Bruxelas que a Comissão Europeia "deu acordo à extensão do mecanismo ibérico para Portugal e Espanha" e que este funciona "como um seguro para preços elevados do gás", que no passado ano foram um "problema principal". O ministro da tutela acrescentou que o mecanismo ibérico irá "crescer um euro por mês até ao final do ano".

O mecanismo ibérico entrou em funcionamento em meados de junho do ano passado e colocou um limite ao preço médio do gás na produção de eletricidade. No caso de Portugal e Espanha o teto é de cerca de 60 euros por Megawatt-hora.
Esta medida surgiu no âmbito da crise energética e da guerra na Ucrânia que colocou uma pressão elevada no mercado energético.