Rússia defende que homens e mulheres “são a espinha dorsal” da sociedade

Rússia defende que homens e mulheres “são a espinha dorsal” da sociedade


Presidente do Conselho da Federação da Rússia classificou ainda a identidade de género como “uma anomalia” que “não pode determinar o caminho do desenvolvimento da humanidade” e a “ordem da sociedade”, porque é “apenas uma anomalia”. 


A presidente do Conselho da Federação da Rússia, Valentina Matviyenko, afirmou esta quarta-feira – dia em que se assinala o Dia Internacional das Mulheres – que os “homens e mulheres são a espinha dorsal” da sociedade e as “anomalias de género”, assim como a “tirania das minorias”, não podem determinar futuro da humanidade. 

“Homens e mulheres são a espinha dorsal biológica, social e cultural das comunidades”, começou por dizer a responsável, numa publicação no site do Senado russo, acrescentando que a data foi comemorada pela primeira vez há 110 anos em São Petersburgo e que “mudanças enormes e radicais aconteceram desde então”.  

“É um facto indiscutível: no mundo moderno não há esfera – seja política, empresarial, científica, cultural e até militar – onde nós, mulheres, não desempenhemos um papel ativo e importante”, pode ler-se.  

Existem ainda “problemas”, como a “discriminação de género” nas diferenças salariais e na progressão de carreira, a “violência doméstica”, sendo “fenómenos que não foram completamente eliminados, mesmo em países onde as conquistas no campo da igualdade de género são realmente grandes”. 

Há também uma “tentativa de estabelecer a chamada nova ordem de género no planeta, baseada no conceito de neutralidade de género. É proclamado que não há motivos para dividir a humanidade”, alertou Matviyenko, classificando a identidade de género como “uma anomalia” que “não pode determinar o caminho do desenvolvimento da humanidade” e a “ordem da sociedade”, porque é “apenas uma anomalia”.  

A presidente do Conselho da Federação explica ainda na mesma publicação que é “bastante aceitável” para a sociedade “levar em conta as necessidades das minorias”, mas “a tirania das minorias sobre a maioria, a imposição das suas preferências, não é melhor do que a tirania da maioria contra as minorias”. 

“As consequências para as pessoas são ainda piores. Quero dizer, antes de tudo, uma consequência mortal para a humanidade com a destruição da família. Sem ela não há e não pode haver uma civilização humanística que ponha em primeiro plano o bem-estar do homem”, disse. 

“Portanto, não há jogos de género no nosso país e nunca haverá. Nem em jardins de infância, nem em escolas, nem na educação, nem na política, nem na legislação. Deixemos que o Ocidente conduza esta perigosa experiência consigo mesmo”, lê-se ainda.