A REN registou, no ano passado, um resultado líquido de 111,8 milhões de euros, um crescimento de 15% em relação a 2021, revelou a elétrica e disse que este resultado deveu-se a uma "melhoria do desempenho operacional", disse a empresa, referindo que foi "parcialmente impactado pela redução dos resultados financeiros (-1,4 milhões de euros), uma maior carga fiscal (+2,2 milhões de euros) e um aumento na Contribuição Extraordinária para o Sector Energético (+1 milhão de euros), refletindo o aumento da base de ativos regulados".
De acordo com a empresa, "o consumo de energia elétrica em Portugal com origem renovável representou 49,4% do total da oferta", um valor inferior em cerca de 10,27 p.p. (pontos percentuais) face a 2021, sendo que "o consumo de eletricidade aumentou 1,8%".
E indicou que "o consumo de gás natural diminuiu 3,2%", apesar das centrais de ciclo combinado "terem sido chamadas para compensar o fim da geração a carvão e a significativa redução de produção hidroelétrica resultante da seca extrema que afetou o país" na maior parte do ano.
A dívida líquida da empresa (excluindo os desvios tarifários) "registou uma redução de 3,3% para 2.543 milhões de euros", disse a REN.
A empresa realçou que, "apesar dos desafios que o setor da energia enfrenta atualmente, a REN cumpriu com todos os objetivos estipulados" no seu Plano estratégico 2021-2024, destacando-se os compromissos ESG, ou seja, ambientais, sociais e de 'governance', com realce para a "redução das emissões de CO2 em 50% até 2030 face a 2019 (-37% em 2022)".
De acordo com a empresa, tendo em conta os resultados do ano passado, vai propor, na Assembleia Geral do dia 27 de abril, "o pagamento de um dividendo de 15,4 cêntimos por ação, sendo que 6,4 cêntimos foram pagos em dezembro de 2022 e os restantes 9 cêntimos a ser pagos este ano de 2023".