Um percurso de valorização da ciência e da transferência de conhecimento


A comunicação com outros investigadores nacionais e internacionais é crucial. Tenham uma preocupação constante no rigor científico, na ética, na responsabilidade profissional, na transferência do conhecimento e na ligação da investigação científica à sociedade.


Foi uma grande honra receber a atribuição do título Investigador Distinto 2022 do Instituto Superior Técnico. Creio que a principal razão para esta distinção reside no facto de, ao longo da minha carreira de investigadora, ter sempre valorizado a ligação da ciência à sociedade e a transferência de conhecimento. A distinção tem como objetivo destacar professores e investigadores que contribuem de forma excecional para o dinamismo do Instituto Superior Técnico, com impacto muito elevado nas diferentes dimensões da atividade de investigadores universitários, e que representam e lideram a comunidade académica de acordo com os padrões académicos mais elevados. A cerimónia realizou-se em maio de 2022, onde proferi um discurso para a comunidade do Técnico que considero oportuno partilhar com um público mais alargado, para que possa inspirar novas gerações de investigadores.

Licenciada em Geologia, especializei-me em métodos nucleares de análise e na sua aplicação em Ciências da Terra, Ambiente e Património Cultural. Para além da investigação fundamental, privilegiei o desenvolvimento da investigação aplicada para responder aos desafios relacionados com o Ambiente e o Património Cultural Material. Para isso fui estabelecendo uma relação estreita com investigadores e docentes de outras áreas do saber de instituições públicas e de empresas privadas, desenvolvendo projetos multidisciplinares nacionais e internacionais, com uma visão holística e promovendo a sua divulgação para a sociedade.

Todo este trabalho só é possível graças a uma equipa alargada, por isso agradeço aos meus colaboradores mais próximos: a Ângela Gouveia, a Isabel Dias, a Rosa Marques, a Dulce Russo e o João Carlos Waerenborgh. Agradeço ainda a todos os colegas que direta ou indiretamente contribuíram para a realização de todas as minhas atividades, foram eles investigadores, docentes, técnicos e administrativos.

Com a integração do atual Centro de Ciências e Tecnologias Nucleares (C²TN) – antigo do antigo Laboratório de Estado Instituto Tecnológico e Nuclear (ITN) –, situado em Loures, no Técnico, foi desde logo um objetivo para mim contribuir para a oferta pedagógica da Escola, em estreita colaboração com outros departamentos. Assim, e juntamente com a Isabel Dias e o Jorge de Sousa, elaborou-se uma proposta de um novo 2.º ciclo de estudos, em Ciências e Tecnologias para o Património Cultural. Para tal contámos ainda com a colaboração de muitos investigadores do Departamento de Engenharia e Ciências Nucleares (DECN) e de docentes, destacando o Amílcar Soares e a Maria João Pereira da área de Minas e Georrecursos do Departamento de Engenharia Civil, Arquitetura e Georrecursos (DECivil), e ainda com outros departamentos: Departamento de Bioengenharia (DBE), Departamento de Engenharia Informática (DEI), Departamento de Engenharia Química (DEQ) e Departamento de Engenharia e Gestão (DEG). Este mestrado tem ainda com a participação da Faculdade de Letras, Faculdade de Ciências e Faculdade de Belas-Artes.

Deixo aqui uma mensagem aos mais jovens. A carreira de investigação científica é fascinante e cheia de desafios. A ambição aliada à humildade e ao respeito pelo trabalho de todos é um pilar fundamental ao longo da carreira. A comunicação com outros investigadores nacionais e internacionais é crucial. Tenham uma preocupação constante no rigor científico, na ética, na responsabilidade profissional, na transferência do conhecimento e na ligação da investigação científica à sociedade.

*Texto adaptado do discurso efetuado em maio de 2022, ao receber o título de Professor Distinto 2022.

 

Professora do Técnico, no Departamento de Engenharia e Ciências Nucleares e investigadora no Centro de Ciências e Tecnologias Nucleares (C²TN)

Um percurso de valorização da ciência e da transferência de conhecimento


A comunicação com outros investigadores nacionais e internacionais é crucial. Tenham uma preocupação constante no rigor científico, na ética, na responsabilidade profissional, na transferência do conhecimento e na ligação da investigação científica à sociedade.


Foi uma grande honra receber a atribuição do título Investigador Distinto 2022 do Instituto Superior Técnico. Creio que a principal razão para esta distinção reside no facto de, ao longo da minha carreira de investigadora, ter sempre valorizado a ligação da ciência à sociedade e a transferência de conhecimento. A distinção tem como objetivo destacar professores e investigadores que contribuem de forma excecional para o dinamismo do Instituto Superior Técnico, com impacto muito elevado nas diferentes dimensões da atividade de investigadores universitários, e que representam e lideram a comunidade académica de acordo com os padrões académicos mais elevados. A cerimónia realizou-se em maio de 2022, onde proferi um discurso para a comunidade do Técnico que considero oportuno partilhar com um público mais alargado, para que possa inspirar novas gerações de investigadores.

Licenciada em Geologia, especializei-me em métodos nucleares de análise e na sua aplicação em Ciências da Terra, Ambiente e Património Cultural. Para além da investigação fundamental, privilegiei o desenvolvimento da investigação aplicada para responder aos desafios relacionados com o Ambiente e o Património Cultural Material. Para isso fui estabelecendo uma relação estreita com investigadores e docentes de outras áreas do saber de instituições públicas e de empresas privadas, desenvolvendo projetos multidisciplinares nacionais e internacionais, com uma visão holística e promovendo a sua divulgação para a sociedade.

Todo este trabalho só é possível graças a uma equipa alargada, por isso agradeço aos meus colaboradores mais próximos: a Ângela Gouveia, a Isabel Dias, a Rosa Marques, a Dulce Russo e o João Carlos Waerenborgh. Agradeço ainda a todos os colegas que direta ou indiretamente contribuíram para a realização de todas as minhas atividades, foram eles investigadores, docentes, técnicos e administrativos.

Com a integração do atual Centro de Ciências e Tecnologias Nucleares (C²TN) – antigo do antigo Laboratório de Estado Instituto Tecnológico e Nuclear (ITN) –, situado em Loures, no Técnico, foi desde logo um objetivo para mim contribuir para a oferta pedagógica da Escola, em estreita colaboração com outros departamentos. Assim, e juntamente com a Isabel Dias e o Jorge de Sousa, elaborou-se uma proposta de um novo 2.º ciclo de estudos, em Ciências e Tecnologias para o Património Cultural. Para tal contámos ainda com a colaboração de muitos investigadores do Departamento de Engenharia e Ciências Nucleares (DECN) e de docentes, destacando o Amílcar Soares e a Maria João Pereira da área de Minas e Georrecursos do Departamento de Engenharia Civil, Arquitetura e Georrecursos (DECivil), e ainda com outros departamentos: Departamento de Bioengenharia (DBE), Departamento de Engenharia Informática (DEI), Departamento de Engenharia Química (DEQ) e Departamento de Engenharia e Gestão (DEG). Este mestrado tem ainda com a participação da Faculdade de Letras, Faculdade de Ciências e Faculdade de Belas-Artes.

Deixo aqui uma mensagem aos mais jovens. A carreira de investigação científica é fascinante e cheia de desafios. A ambição aliada à humildade e ao respeito pelo trabalho de todos é um pilar fundamental ao longo da carreira. A comunicação com outros investigadores nacionais e internacionais é crucial. Tenham uma preocupação constante no rigor científico, na ética, na responsabilidade profissional, na transferência do conhecimento e na ligação da investigação científica à sociedade.

*Texto adaptado do discurso efetuado em maio de 2022, ao receber o título de Professor Distinto 2022.

 

Professora do Técnico, no Departamento de Engenharia e Ciências Nucleares e investigadora no Centro de Ciências e Tecnologias Nucleares (C²TN)