Desde os Australopithecus (2.5 milhões de anos) até ao Homo Sapiens, dotado de Razão (160 mil anos), a evolução do Ser Humano percorreu um longo caminho, que podemos dizer, com um certo consenso, de há 35 mil anos A.C., até agora que se caracterizou pelo desenvolvimento dos cinco metãmeros do sistema nervoso Humano, que se expandiram criando uma caixa craneana com uma capacidade de 1350c.c. o que levou à evolução da mente e também das ideias com novas correntes de pensamento político e social, com Conservadores, Liberais e Radicais, que revelaram um Ser Humano evoluído, com inovação o que levou à Revolução Industrial, de 1780 a 1850, com o carvão e o ferro, e de 1850 a 1914, com a electricidade e o aço. Em 1969, o Homem enviou uma nave tripulada à Lua, num projecto de exploração do espaço sideral com o objectivo de encontrar uma possibilidade de construir uma plataforma no espaço ou mesmo um novo planeta em que possa estabelecer uma “colónia” para preservar a raça Humana, evitando a sua extinção. Com isto queremos dizer que o Homem tem tentado evoluir e sobreviver, mas para isso é necessário conservar os seus instintos e qualidades inatas, incólumes.
Em Maio de 2021 fomos confrontados com uma notícia da Associação de Estudantes da Escola Básica e Secundária de Carcavelos, a propósito do “Dia da Saia”, que levou rapazes a usarem essa peça de roupa para incentivar a tolerância. Segundo Graça Oliveira, do Agrupamento de Escolas de Carcavelos, a ideia visava promover “respeito pelo outro”. A igualdade de género leva a que se respeitem os dois géneros como eles são e, sobre tudo, com a finalidade para que foram criados, segundo a concepção na qual Deus desempenhou apenas a função de Criador e primeiro motor da existência (Deísmo). A tolerância nada tem a ver com qualquer peça de roupa que se possa usar, mas pode significar sim, um mal-estar, se ela bolir com uma identificação de género que essa roupa traduz, ou pode ainda significar um desajuste entre a realidade e aquilo que alguns desejavam ser. Mas a verdadeira educação não deve preparar a maioria dos jovens para um destino diferente daquele que a natureza do seu género os concebeu, mas deve, ao mesmo tempo, prepará-los para uma certa compreensão para certos comportamentos desviantes do género que se possui, que não poderá exceder certas “quotas”, pois a Humanidade não poderá sobreviver se permitir comportamentos contra-natura por que, no futuro, sofrerá as consequências dessa visão distorcida da realidade. O respeito pelo outro não se adquire trocando calças por saias, ou vice-versa, o respeito pelo pai e pela mãe aprende-se em casa e depois pratica-se em sociedade. Cada género deve usar, na escola, a sua roupa normal, e a escola não deve intrometer-se na educação que os pais, com esforço, tentam incutir nos filhos. A Escola tem também uma função política, não ideológica, e essa fidelidade ao género de cada um, é essencial para conservar o Ser Humano com os instintos com que nasce e que o dotam com predicados essenciais ao cumprimento dos objectivos dos Estados Modernos e dos Homens Contemporâneos. No dia em que, por exemplo, só existirem “objectores de consciência” deixam de haver exércitos. O Estado não o pode permitir, tem também aqui que haver “quotas”. A liberdade de pensamento e de acção, mesmo nos Estados Modernos e Democráticos, têm limites e cabe ao Estado, em nome do interesse geral, em detrimento de certas minorias, defini-los para conservar a Humanidade e o Planeta Terra.
Sociólogo
Escreve quinzenalmente