Fernando Medina, ministro das Finanças e ex-presidente da Câmara Municipal de Lisboa, pediu à Procuradoria-Geral da República para ser ouvido na sequência da investigação que levou à realização de buscas na autarquia e que diz desconhecer.
"Solicitei à PGR que possa ser ouvido no processo que é referido que existe, de forma a poder expressar todos os esclarecimentos que o Ministério Público entenda necessários", disse o ministro, esta quarta-feira, em declarações aos jornalistas.
O responsável começou por dizer que não tem "nenhum conhecimento de nenhuma investigação em curso" e, até agora, não foi chamado a prestar “qualquer esclarecimento em nenhum processo".
Fernando Medina contactou a PGR e diz estar à disposição do Ministério Público (MP) para prestar os esclarecimentos que forem necessários, uma vez que é "o principal interessado em fazê-lo".
Já sobre a contratação de Joaquim Mourão, aponta as explicações para um despacho de 2015, uma altura em que a cidade de Lisboa "estava com muitas obras" e, por isso, a "coordenação e boa execução" era importante assegurar, tendo sido contratada "uma equipa de missão de monitorização das obras" composta por três pessoas, cujo mandato "está definido por escrito".
Recorde-se que a TVI/CNN avançou, na quarta-feira, que a Polícia Judiciária realizou buscas na Câmara Municipal de Lisboa por "suspeitas de corrupção, participação económica em negócio e falsificação" numa nomeação para "prestação de serviços que foi assinada em 2015" pelo então presidente da autarquia, Fernando Medina, atual ministro das Finanças.