O Exército já reagiu à notícia, avançada ontem pelo Nascer do Sol, que dava conta da constituição como arguido do vice-chefe do Estado-Maior do Exército (CEME), acusado de encobrimento do furto de armas no corpo expedicionário português integrado numa missão internacional da ONU na República Centro-Africana (RCA).
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O gabinete do chefe do Estado-Maior do Exército adiantou, num comunicado, que o Ministério Público comunicou, em dezembro de 2022, que foi “proferido despacho de arquivamento” no “inquérito instaurado pelo desaparecimento das armas”.
O Exército confirmou que “corresponde à verdade” que o vice-chefe do Estado-Maior do Exército “foi constituído arguido, no dia 12 de setembro de 2022, no âmbito de um processo de inquérito que corre os seus termos na 10.ª Secção do DIAP de Lisboa”, mas sublinhou que “não foi deduzida qualquer acusação” contra o oficial.
Assim, segundo o comunicado, Rui Pereira não está “indiciado da prática de qualquer crime”. “Decorre ainda outro inquérito, instaurado na sequência do primeiro, sobre o qual não foi ainda proferido despacho final”, acrescentou o Exército.
Recorde-se que o Nascer do Sol avançou ontem, citando fontes militares, que o tenente-general Rui Guerra Pereira tinha sido constituído arguido pelo Ministério Público, por suspeita de encobrimento, de um furto de armas ocorrido há quatro anos no seio do corpo expedicionário português integrado na missão internacional da ONU para manutenção de paz na República Centro-Africana (RCA).