Portugal terminou 2022 com um índice de transmissibilidade (Rt) do vírus SARS-CoV-2 próximo do limiar de 1,00 e com mais de 5,5 milhões de casos de infeção desde o início da pandemia. Esta informação foi avançada ontem pelo Instituto Ricardo Jorge (INSA), sendo que, segundo o relatório sobre a evolução do número de casos de covid-19 em Portugal, a 30 de dezembro o valor do Rt – que estima o número de casos secundários de infeção resultantes de cada pessoa portadora do coronavírus — estava nos 0,98 a nível nacional, depois dos 0,91 registados no dia 23.
Os dados do INSA apontam ainda que este indicador subiu em todas as regiões do país, mas apenas está acima do limiar de 1,00 nas regiões autónomas dos Açores (1,31) e da Madeira (1,43), o mais elevado do país. Já no Norte o Rt passou dos 0,96 para 0,97, no Centro de 0,91 para 0,94, em Lisboa e Vale do Tejo de 0,89 para 0,94, no Alentejo de 0,81 para 0,93 e no Algarve dos 0,80 para os 0,99.
Através da consulta do relatório também é possível entender que o número médio a cinco dias de infeções pelo vírus que provoca a covid-19 está nos 403 casos diários a nível nacional. Desde 2 de março de 2020, quando foram notificados os primeiros casos, até 30 de dezembro do ano passado, Portugal registou 5.559.112 casos de infeção pelo coronavírus SARS-CoV-2.
Ao contrário de Portugal, a China é o país que mais preocupação tem gerado internacionalmente. Os hospitais de Xangai estão sobrecarregados com doentes idosos infetados com covid-19 nos serviços de urgência. Depois do fim da política “covid zero” na China, as infeções aumentaram exponencialmente e em Xangai a situação é particularmente alarmante.
Em um mês cerca de 70% dos habitantes da cidade ficaram infetados, de acordo com a imprensa estatal. Muitos pacientes estão a receber infusões de soro fisiológico, ou estão ligados ao oxigénio ou com monitores cardíacos, noticia a agência Lusa. A procura pelos cuidados de saúde nos hospitais é tão elevada que os mesmos já não conseguem dar resposta aos doentes. Há casos de pessoas que são atendidas na calçada devido à falta de espaço.
Para além dos hospitais, também os crematórios estão sobrecarregados e os antipiréticos esgotaram nas farmácias.