O produto interno bruto (PIB) dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) aumentou 0,4% em termos trimestrais no terceiro trimestre deste ano, segundo as estimativas provisórias da organização divulgadas esta segunda-feira. “As taxas de crescimento trimestrais da OCDE permaneceram fracas nos últimos três trimestres”, avança.
Entre os países do G7, o PIB cresceu 0,6% nos Estados Unidos no terceiro trimestre deste ano, depois de ter registado contrações nos dois trimestres anteriores. O crescimento do PIB também aumentou na Alemanha (para 0,3%), mas desacelerou na Itália (0,5%), Canadá (0,4%) e França (0,2%).
Diz ainda a OCDE que o PIB do Japão caiu (menos 0,3%) e Reino Unido (menos 0,2%).
No que diz respeito aos quatro países do G7 que já publicaram dados sobre o PIB, “grandes movimentos no comércio internacional foram o principal fator subjacente às mudanças no terceiro trimestre” deste ano. Nos Estados Unidos, as exportações líquidas (exportações menos importações) impulsionaram a retoma do crescimento, “refletindo aumento de 4% nas exportações de bens e queda de 2,3% nas importações de bens”.
Já o Reino Unido registou um aumento das exportações justificado com “um forte aumento das exportações de bens (14,7%) e a uma quebra de 5% das importações de bens”, o que foi “mais do que compensado por uma queda na procura doméstica final”.
Em contraste, na França e no Japão, as exportações líquidas foram o principal entrave ao crescimento. Na França, as importações aumentaram mais do que as exportações no terceiro trimestre; mas a procura doméstica final, “impulsionada principalmente pelo aumento do investimento e do investimento em stocks, manteve o crescimento positivo”.
No Japão, justifica a OCDE, “uma queda nas exportações líquidas impulsionada por um forte aumento nas importações de serviços empurrou o PIB para baixo”.
A OCDE fez ainda uma análise aos países mais próximos da guerra na Ucrânia e diz que o crescimento da Polónia recuperou no terceiro trimestre, com o PIB a subir 0,9%, depois de uma contração de 2,4% no segundo trimestre.
No entanto, o PIB contraiu na Letónia (menos 1,7%), Eslovénia (menos 1,4%) e Hungria (menos 0,4%). O crescimento do PIB permaneceu inalterado na Eslováquia pelo quarto trimestre consecutivo (0,3%) e aumentou ligeiramente na Lituânia (para 0,4%).
Entre outros países da OCDE para os quais há dados disponíveis, o México contou com o maior crescimento do PIB (1,8%), seguido pela Colômbia (1,6%) e Noruega (1,5%), enquanto o PIB contraiu no Chile (menos 1,2%).