A paixão segundo os apoiantes de Lula e a cegueira dos bolsonaristas


Os caminhoneiros por não terem acordado para a realidade: Bolsonaro perdeu as eleições, como até os amigos estrangeiros e nacionais do Presidente reconheceram, e não lhes resta outra opção que não seja entrarem nos seus camiões e seguirem as suas vidas.


Ao ver as imagens dos bloqueios dos camionistas brasileiros e ao ouvir alguns comentadores fiquei com a sensação de que a loucura está a tomar conta da generalidade das pessoas. Os caminhoneiros por não terem acordado para a realidade: Bolsonaro perdeu as eleições, como até os amigos estrangeiros e nacionais do Presidente reconheceram, e não lhes resta outra opção que não seja entrarem nos seus camiões e seguirem as suas vidas. Fazem lembrar, em certa medida, aqueles condutores que vão em contramão e acham que os outros é que estão no sentido errado.

Obviamente que só o fazem porque Bolsonaro se tem recusado a admitir a derrota – à hora a que escrevo continua a dizer-se que falará “hoje, terça-feira” (ontem) –, insistindo a agarrar-se a uma folha no meio do temporal que lhe caiu em cima. Não vão ser os tais caminhoneiros, assim se chamam os camionistas, que vão travar a verdade apurada nas urnas.

E aqui entram os comentadores, brasileiros na sua maioria. Disseram eles que acabar com o bloqueio das estradas de 20 estados “era apenas uma questão de vontade dos policiais”. Se é verdade que alguns agentes federais foram coniventes com os manifestantes, também não deixa de ser evidente que se os camionistas desligassem os seus camiões e escondessem as chaves, a polícia, seja brasileira ou de outra nacionalidade qualquer, teria uma dificuldade extrema em remover os camiões.

Segundo os próprios agentes brasileiros – e portugueses que consultei, até por me recordar do que se passou na ponte 25 de Abril em 1994 – desbloquear cada camião leva entre meia hora e uma. Se são aos milhares é só fazer as contas…

Parece-me evidente que apesar de Lula da Silva ter ganho as eleições, e com o folclore alimentado pelos camionistas que não será eterno, alguns comentadores ainda estão receosos de que Bolsonaro não abandone o cargo – algo completamente impossível, até pelas reações internacionais e dos seus aliados – e vivem os acontecimentos com muita paixão e pouca racionalidade. E, já agora, com alguma ignorância em questões de segurança.

A paixão segundo os apoiantes de Lula e a cegueira dos bolsonaristas


Os caminhoneiros por não terem acordado para a realidade: Bolsonaro perdeu as eleições, como até os amigos estrangeiros e nacionais do Presidente reconheceram, e não lhes resta outra opção que não seja entrarem nos seus camiões e seguirem as suas vidas.


Ao ver as imagens dos bloqueios dos camionistas brasileiros e ao ouvir alguns comentadores fiquei com a sensação de que a loucura está a tomar conta da generalidade das pessoas. Os caminhoneiros por não terem acordado para a realidade: Bolsonaro perdeu as eleições, como até os amigos estrangeiros e nacionais do Presidente reconheceram, e não lhes resta outra opção que não seja entrarem nos seus camiões e seguirem as suas vidas. Fazem lembrar, em certa medida, aqueles condutores que vão em contramão e acham que os outros é que estão no sentido errado.

Obviamente que só o fazem porque Bolsonaro se tem recusado a admitir a derrota – à hora a que escrevo continua a dizer-se que falará “hoje, terça-feira” (ontem) –, insistindo a agarrar-se a uma folha no meio do temporal que lhe caiu em cima. Não vão ser os tais caminhoneiros, assim se chamam os camionistas, que vão travar a verdade apurada nas urnas.

E aqui entram os comentadores, brasileiros na sua maioria. Disseram eles que acabar com o bloqueio das estradas de 20 estados “era apenas uma questão de vontade dos policiais”. Se é verdade que alguns agentes federais foram coniventes com os manifestantes, também não deixa de ser evidente que se os camionistas desligassem os seus camiões e escondessem as chaves, a polícia, seja brasileira ou de outra nacionalidade qualquer, teria uma dificuldade extrema em remover os camiões.

Segundo os próprios agentes brasileiros – e portugueses que consultei, até por me recordar do que se passou na ponte 25 de Abril em 1994 – desbloquear cada camião leva entre meia hora e uma. Se são aos milhares é só fazer as contas…

Parece-me evidente que apesar de Lula da Silva ter ganho as eleições, e com o folclore alimentado pelos camionistas que não será eterno, alguns comentadores ainda estão receosos de que Bolsonaro não abandone o cargo – algo completamente impossível, até pelas reações internacionais e dos seus aliados – e vivem os acontecimentos com muita paixão e pouca racionalidade. E, já agora, com alguma ignorância em questões de segurança.