UEFA investiga comportamento da seleção feminina da Irlanda depois de ser filmada a cantar cântico pró-IRA

UEFA investiga comportamento da seleção feminina da Irlanda depois de ser filmada a cantar cântico pró-IRA


O cântico surgiu no final do jogo, quando as jogadoras estavam a celebrar o resultado frente à Escócia por 1-0, que determinou o apuramento para o Mundial de 2023. Esta investigação poderá trazer um volte-face na competição que influencia positivamente Portugal. 


A UEFA abriu, esta quinta-feira, uma investigação disciplinar aos festejos que aconteceram no balneário da equipa feminina da República da Irlanda, depois de vencer a Escócia por 1-0, determinando assim o apuramento para o Mundial de futebol feminino de 2023.

Em comunicado divulgado hoje, o organismo confirmou que um “Inspector de Ética e Disciplina da UEFA investigará o potencial comportamento inapropriado das jogadoras da equipa feminina da República da Irlanda no rescaldo do jogo de segunda mão das eliminatórias contra a Escócia, a 11 de outubro de 2022”, avisando que “em tempo oportuno” serão avançadas novas “informações sobre o assunto”.

Após o apito final do jogo, no Hampden Park, em Glasgow, as jogadoras surgiram num direto para a conta da guarda-redes Grace Moloney, no Instagram, a cantar uma música pró-IRA “Ooh ah up the 'Ra” – uma canção de apoio ao Exército Republicano Irlandês – no balneário.

No dia seguinte, a Associação de Futebol da Irlanda (FAI) reagiu ao sucedido com um pedido de desculpas. “A FAI e a selecionadora da equipa nacional da República da Irlanda, Vera Pauw, pedem desculpas por qualquer ofensa causada por uma música cantada por jogadoras no balneário da Irlanda», escreveu a associação na nota oficial, acrescentando ainda que Pauw falou com as jogadoras na manhã de quarta-feira e que toda a equipa “pediu desculpa coletivamente por qualquer dano causado”.

Uma das jogadoras, Chloe Mustaki, admitiu, em declarações à Sky Sports, que a escolha da canção foi um "enorme erro de julgamento".

A República da Irlanda garantiu o apuramento direto para o Mundial feminino, ao terminar o “play-off” com uma das duas melhores equipa. 

Apesar do histórico desempenho, Portugal vai disputar o "play-off" intercontinental em fevereiro, na Nova Zelândia, para garantir lugar no Mundial.

A seleção nacional ter-se-ia apurado diretamente para a prova se a Escócia tivesse derrotado a Irlanda com menor diferença de golos do que a vitória de Portugal sobre a Islândia, por 4-1.

Ainda assim, esta investigação poderá trazer um volte-face na competição que influencia positivamente Portugal. Se, em última instância, houver castigo desportivo, a equipa das quinas poderá, eventualmente, apurar-se para o Mundial sem ter de disputar o "play-off" intercontinental.