Acordo na Concertação Social é “muito importante” e cria “almofada” para os próximos anos, defende Marcelo

Acordo na Concertação Social é “muito importante” e cria “almofada” para os próximos anos, defende Marcelo


Marcelo explicou aos jornalistas que um acordo “é muito importante”, tendo em conta que existem “problemas urgentes” que é necessário enfrentar, como o aumento dos bens energéticos ou do custo de vida dos portugueses.


Marcelo Rebelo de Sousa considerou este domingo que o acordo conseguido na Concertação Social é "muito importante" numa altura de instabilidade mundial, afirmando que cria uma "almofada" para os próximos anos. 

"Eu acho que é muito importante, porque está tudo muito instável no mundo, instável na Europa e haver alguma plataforma de entendimento entre as confederações patronais, a UGT e o Governo é muito importantes nestes próximos anos", declarou o Presidente da República, em declarações aos jornalistas, à entrada da Igreja de Santa Cruz, em Nicósia, na sequência da sua visita oficial ao Chipre. 

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Portugal, disse ainda o chefe de Estado, tem pela frente "anos de legislatura, muitos orçamentos, uma guerra para terminar, uma recuperação económica para fazer" e uma "gestão de fundos europeus também para realizar": "Tudo isso em acordo social é completamente diferente do que tudo isso em tensão social entre os parceiros", sublinhou.

Marcelo explicou aos jornalistas que um acordo "é muito importante", tendo em conta que existem "problemas urgentes" que é necessário enfrentar, como o aumento dos bens energéticos e do custo de vida dos portugueses.

"Haver um acerto de posições entre patrões e uma parte dos sindicatos, isso é uma boa ajuda no momento em que esperamos que corra melhor o ano que vem e os anos seguintes. Mas não temos a certeza e, portanto, é preferível avançar com alguma almofada a avançar sem almofada nenhuma: este acordo é uma almofada", disse. 

"É um acordo feito agora para o futuro, isto é, para os próximos anos. Para já, cumprindo necessidades imediatas que uns e outros têm: salários de um lado, custos de produção, por outro. Por outro lado, se for necessário atualizá-lo e ajustá-lo, é inevitável a atualização e o ajustamento", acrescentou Marcelo. 

Recorde-se que o Governo e os parceitos sociais, à exceção da CGTP,  chegaram ontem a um acordo de médio prazo para a melhoria dos rendimentos e dos salários. O acordo será assinado esta tarde no Palácio Foz, em Lisboa, numa cerimónia que contará com António Costa, em véspera da entrega da proposta de Orçamento do Estado para 2023 (OE2023) no parlamento.