Irão. Relatório médico atribui morte de Mahsa Amini a doença e não a agressões

Irão. Relatório médico atribui morte de Mahsa Amini a doença e não a agressões


Mahsa Amini morreu três dias depois de ser detida no Irão. 


Uma investigação levada a cabo pela Organização Forense do Irão avançou esta sexta-feira que "a morte de Mahsa Amini não foi causada por golpes na cabeça e órgãos vitais e membros do corpo". 

De acordo com um relatório publicado pela televisão estatal, a morte da jovem de 22 anos esteve relacionada com "uma cirurgia a um tumor cerebral aos oito anos de idade". 

Recorde-se que Mahsa Amini morreu, a 16 de setembro, depois de ter sido presa em Teerão – a capital do Irão – pela polícia da moralidade por, alegadamente, ter violado um código de vestuário ao não usar corretamente o seu "hijab". A sua morte ocorreu três dias depois da detenção. 

Desde aí que o país tem vindo a ser alvo de protestos, já tendo morrido centenas de pessoas e sido presas outras centenas. De acordo com várias organizações não-governamentais, o número de mortes ultrapassa as 150, devido à  repressão exercida pelas forças de segurança iranianas contra os protestos.

Josep Borrell, chefe da diplomacia europeia, disse esta semana que a UE iria sancionar o Irão com medidas refletivas pela morte da jovem e pela forma como as forças de segurança reagiram às manifestações desencadeadas pelo caso.