A Cultura de um povo deve ser definida pelo conjunto da língua, dos usos, costumes e tradições, e é através da Educação que se verifica o processo de aculturação e assimilação a uma Cultura de forma natural pela ação dos progenitores que tentam preparar os seus filhos para os desafios futuros, imprimindo um caráter cultural com o qual o grupo se identifica e caracteriza.
Convém deixar aqui a ideia de que caráter significa marca e isso é o “ADN” do grupo. A importância de escrever, ou de deixar escrito, o que se passa em determinada Cultura, para reflexão das gerações vindouras é essencial como forma de aprendizagem e aperfeiçoamento dessa Cultura que assim se desenvolve e consolida dando origem a uma escola de saber com características próprias que ajudam a caracterizar o grupo pela sua especificação.
Aqui chegados podemos perguntar se valerá a pena deixar tudo documentado para ajudar o grupo a formar a sua personalidade jurídica fruto da reflexão e da experiência, depois da triagem dos erros e da escolha do caminho certo.
Pensamos que sim e por isso existem hoje culturas superiores a outras, já que estão documentadas e puderam ser “trabalhadas”.
A Educação é o maior fator de desenvolvimento e progresso de qualquer sociedade e particularmente das comunidades, e por isso deve ser o maior investimento prioritário a realizar por qualquer nação. Renan definiu nação como um grupo de pessoas com um passado comum, com um presente comum e com uma comunidade de sonhos comuns, a realizar, no futuro. Daí uma Nação poder perder o seu território mas manter-se como nação. Foi o caso de Portugal de 1580 a 1640, quando deixámos de ser Espanhóis.
Quando falamos em comunidades, queremos lembrar que um Homem nasce numa comunidade, por fatalismo, mas mais tarde vincula-se a uma sociedade que até pode ser comercial. Ora não se pode compreender que uma Nação não defenda a sua Cultura, que não a divulgue aos seus cidadãos através do ensino, no seu Ministério da Educação. Seria interessante que o Ministério da Educação pudesse explicar à nação a diferença entre Desporto, na ótica educativa, e espetáculo desportivo profissional, que é um espetáculo apenas para distrair o povo, embora seja um objetivo importante na ocupação dos tempos livres dos trabalhadores.
E já agora uma “dica” ao novo ministro da Educação: pode contratar qualquer assessor de qualidade, desde que seja pro bono, já que ficou provado que foi a inveja do ordenado de Sérgio Figueiredo que provocou todo o alarido ridículo à volta do caso, já que sendo de graça, ninguém reclamaria porque trabalhar sem vencimento não provoca inveja a ninguém.
P.S. – Seria interessante saber, hoje, se alguns Capitães, no 25 de Abril de ’74, que andaram a ocupar quintas no Alentejo, serão hoje proprietários de quintas no Alentejo e como as pagaram?…