O Exército polaco oferecerá, a partir do próximo sábado, treino militar e de sobrevivência a civis entre 18 e 65 anos que desejem participar nesta iniciativa, anunciou hoje o Governo polaco.
Qualquer homem de nacionalidade polaca poderá participar nestes cursos nas instalações dos 17 comandos militares polacos, que incluirão noções de tiro e manuseio de armas, autodefesa, sobrevivência e orientação, e onde será ensinado também como acender uma fogueira, purificar água, prestar primeiros socorros ou orientar-se pelo sol ou pelas estrelas.
De acordo com um comunicado do Ministério da Defesa polaco, aqueles que decidirem realizar o treino receberão alimentação e estarão segurados contra possíveis acidentes.
O Governo polaco iniciou há anos um programa para expandir e modernizar as suas Forças Armadas, que acelerou após a eclosão da guerra na Ucrânia, a 24 de fevereiro.
Recentemente, os Correios começaram a oferecer treino de tiro, primeiros socorros e segurança cibernética para 1.000 dos seus funcionários, como parte de um plano nacional para aumentar a participação civil na defesa da Polónia.
Aqueles que se voluntariam para este programa, batizado como "Bem-vindos às Armas", obtêm benefícios no emprego.
Como afirmou o porta-voz dos Correios, Daniel Witowski, "a importância deste conhecimento entre a população civil tornou-se evidente com a guerra na Ucrânia (…) e se houvesse uma emergência nacional, os Correios seriam responsáveis por certas tarefas logísticas como a distribuição de cartas de mobilização para civis".
Por outro lado, o Estado polaco introduziu há alguns meses um serviço militar voluntário para jovens, oferecendo um salário mensal de 1.000 euros e concedendo vantagens fiscais, bolsas de estudo e créditos preferenciais a quem decidir voltar a alistar-se.
Durante o verão, o Exército Polaco realizou sessões de informação no centro de várias cidades do país, com a exposição de armas e viaturas militares, para incentivar o alistamento dos jovens.
O Exército Polaco tem atualmente cerca de 110.000 soldados, mas o Governo pretende aumentar o seu número para 250.000.
Além disso, está previsto aumentar de 30.000 para 50.000 os membros da força paramilitar de Defesa Territorial, composta maioritariamente por jovens estudantes e voluntários.