OCDE prevê crescimento de 3,1% e inflação de 8,1% na Zona Euro em 2022

OCDE prevê crescimento de 3,1% e inflação de 8,1% na Zona Euro em 2022


Mas corta as previsões de crescimento para o próximo ano, quebra justificada com a invasão russa na Ucrânia.


“A economia global foi atingida pela invasão da Ucrânia pela Rússia. O crescimento económico global estagnou no segundo trimestre de 2022, e indicadores em muitas economias apontam agora para um período prolongado de crescimento moderado”. O alerta é da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) que melhorou as perspetivas de crescimento da zona euro deste ano para 3,1%, mas piorou, no entanto, as do próximo ano para 0,3%, estimando ainda uma inflação de 8,1% este ano e de 6,2% no próximo.

“Na Europa, muitas economias provavelmente terão, na melhor das hipóteses, um crescimento fraco no segundo semestre de 2022 e no primeiro trimestre de 2023 antes de alguma melhoria no resto de 2023”, detalha a organização, acrescentando que as quedas da produção no curto prazo são prováveis em alguns países, como é o caso da Alemanha, Itália, Reino Unido e a zona euro, devido à pressão exercida pelo declínio dos rendimentos reais e pelas perturbações nos mercados de energia.

Entre as principais economias da zona euro, a OCDE prevê que a economia alemã cresça este ano 1,2% (-0,7 pp. do que em junho) e contraia 0,7 em 2023 (-2,4 pp. do que anteriormente) e a economia francesa avance 2,6% (0,2 pp. face a junho) em 2022 e 0,6 (-0,8 pp.) em 2023.

No que diz respeito ao crescimento mundial, a OCDE prevê que desacelere de 3% em 2022 para 2,2% em 2023, devido ao impacto da guerra. Nas previsões, a OCDE manteve as perspetivas de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) mundial deste ano em 3%, prevendo que as economias do G20 cresçam 2,8% (menos 0,1 ponto percentual (pp.) do que em junho).

Entre as principais economias mundiais, a economia norte-americana deve crescer 1,5% (menos 1 pp. do que em junho), a zona euro 3,1% (mais 0,5 pp. do que estimava anteriormente) e a China 3,2% (menos 1,2 pp. do que anteriormente).