Os pensionistas dos bancos não têm razão. O Governo não é a Santa Casa da Misericórdia. A maioria dos bancários pensionistas fez descontos para um fundo privado. Nesse caso, devem pedir a esse fundo o que o governo vai dar a quem está integrado na Segurança Social ou na Caixa Geral de Aposentações.
A maioria dos bancários descontou para fundos de pensões privados da banca não pode nem deve ter direito ao complemento. Porém, os pensionistas bancários que têm uma situação mista: pensão paga pelo banco e o restante pela Segurança Social. Nesse caso é justo que a parte a que tem direito pela Segurança Social lhe seja atribuído 50% desse valor. A parte paga pelo banco não deve ter direito.
Uma coisa é um pensionista totalmente integrado na Segurança Social outra é estar numa situação mista, outra é não estar integrado. Ponto!
O Estado para preservar as gerações futuras só pode dar o que recebeu e não abrir excepções.
Os bancários até há pouco tempo tinham benesses incríveis vou citar algumas:
1 – Reformas antecipadas a partir dos 55 anos, sem penalização a partir dos 60 anos.
2 – Progressões automáticas por antiguidade. A CGD tem 18 escalões, quando um bancário permanece um número de anos num escalão passa automaticamente para o seguinte.
3 – A CGD paga diuturnidades a cada cinco anos, uma anuidade em média de 400€ anuais.
4 – A CGD é responsável pelos serviços sociais, que são únicos no panorama de saúde em Portugal, existem para além do SAMS, a que todos os bancários têm direito.
5 – Crédito à habitação em condições muito vantajosas com juros baixíssimos.
Desculpem-me a CGD não é constituída por capital maioritariamente do Estado! O Estado português não injectou elevadas quantias em dinheiro dos impostos de todos os portugueses durante a troika na CGD e nos bancos?
As regalias e condições que usufruem os seus trabalhadores estão a anos-luz de outros funcionários.
Infelizmente somos um país de quintais, a ver qual é o melhor quintal e quem tira mais partido do Estado.
O país deveria ser mais igual e mais justo, mas, não o é nem nunca o vai ser.