Apoios. Cascais e Lisboa vão mais além

Apoios. Cascais e Lisboa vão mais além


Cascais e Lisboa preparam um pacote complementar de medidas de apoio às famílias e empresas. Num artigo conjunto e exclusivo desta edição e intitulado ‘Travar o PrEC – processo de empobrecimento em curso’, os autarcas classificam de ‘preguiçoso’ o plano apresentado por António Costa. O Nascer do SOL sabe que entre as medidas em estudo…


Lisboa já anunciou o congelamento das rendas sociais para 2023 e Cascais já aprovou em reunião de Câmara o regulamento para bolsas de apoio a estudantes universitários e subsídio às famílias que tenham idosos institucionalizados em lares. Carreiras e Moedas estudam novas medidas em várias frentes para complementar o programa do Governo.

Carlos Carreiras e Carlos Moedas criticam o plano de combate à inflação anunciado pelo Governo e apresentado esta semana por António Costa, que consideram «preguiçoso» e pouco ambicioso e lançam um programa com medidas complementares de apoio às famílias e às empresas.

Num texto conjunto publicado em exclusivo nesta edição do Nascer do SOL – e sugestivamente intitulado Travar o PrEC – Processo de Empobrecimento em Curso –, os presidentes das Câmaras de Cascais e de Lisboa assumem o compromisso de avançar com «um plano conjunto para a educação, para o envelhecimento, para a infância e natalidade, para a saúde, para a habitação, para a economia local, para a cultura para a fiscalidade e até para a reinvenção da agricultura nos nossos municípios».

O Nascer do SOL sabe que algumas das medidas que estão a ser estudadas passam pelo alargamento dos apoios sociais até ao quarto escalão de rendimentos declarados em sede de IRS.

Se a autarquia lisboeta fez a sua maior aposta no congelamento dos preços da habitação municipal, inclusive do arrendamento apoiado e da renda acessível, durante 2023, medida que pretende responder à inflação e que beneficiará cerca de 21 mil famílias, a de Cascais foi mais abrangente. E já aprovou em reunião de Câmara o regulamento para bolsas de apoio a estudantes universitários e subsidio às famílias que tenham idosos institucionalizados em lares.

Ao que o nosso jornal apurou «a resposta social das duas autarquias tem como objetivo trazer um aprofundamento sem precedentes, refletindo a integração das duas áreas urbanas, ao ponto de cascalenses e lisboetas poderem usufruir dos serviços municipais independentemente do concelho em que se encontrem».

Esta ideia de estar ‘ao lado das famílias’ já tinha sido partilhada por Carlos Moedas, afirmando que só assim é possível combater a inflação, daí a aposta no congelamento de rendas, uma vez que, a autarquia é o maior senhorio do país.

«Penso que esta proposta procura transmitir ao máximo uma mensagem de apoio e segurança num momento difícil, de grande instabilidade e receio por parte de uma larga maioria da população», referiu à Lusa o autarca de Lisboa, explicando que o congelamento das renda de habitação municipal é uma questão de justiça social, representando «menos um motivo de preocupação para tantas famílias que sentem o medo e o receio pelo aumento acentuado dos preços a todos os níveis».

Cascais, por sua vez, foi pioneiro na mobilidade gratuita, num plano concretizado por Carlos Carreiras e que Carlos Moedas seguiu em Lisboa.

Aliás, a principal marca do primeiro ano de mandato de Moedas na capital foi mesmo a concretização da gratuitidade dos transportes públicos para jovens e idosos residentes em Lisboa, o que, nas palavras do autarca social-democrata, permite «ajudar de forma universal muitas famílias».