Jornal i alvo de novo ataque informático três meses depois

Jornal i alvo de novo ataque informático três meses depois


Depois de o i ter publicado uma edição com uma das suas capas mais polémicas, voltou a ser alvo de um ataque informático no espaço de três meses.


Menos de três meses depois de ter sofrido um primeiro ataque informático, o jornal i foi alvo de outro que bloqueou todo o sistema de produção e gestão de conteúdos nas várias plataformas. Deste modo, a edição que vai hoje para as bancas não foi feita nas condições habituais.

A 29 de junho, o i noticiava que “apesar de os sites se manterem consultáveis, a sua atualização passou a ser intermitente a partir das 13h09 minutos” daquele dia, sendo que ao final da tarde, “os responsáveis informáticos continuavam a trabalhar na recuperação dos sistemas, mas a edição do jornal i de quinta-feira ficou comprometida e não pode ser produzida”. À época, a Newsplex, apesar de alheia ao sucedido, pediu desculpa aos seus leitores pela interrupção do seu normal serviço noticioso.

Agora, este ataque surgiu no dia em que o i teve uma primeira página que suscitou controvérsia nas redes sociais, tendo surgindo reações tanto de apoio como de condenação. Em causa está a capa, da edição de fim de semana, cuja manchete foi “Festa do Avante: o festival da vergonha”, lendo-se na chamada “Arranca hoje a Festa do Avante, envolta em controvérsia face à recusa do PCP em condenar abertamente a invasão da Ucrânia pela Rússia de Putin. Desafiados a não participar, os artistas respondem que não passam de danos colaterais de outras guerras políticas”.

O primeiro artista que reagiu publicamente, após a divulgação do cartaz do evento, foi Dino d’ Santiago, tendo escrito no Instagram que além de ter “recebido mensagens de algumas pessoas” contra a sua participação na Festa do Avante!, foi também alvo de insultos: “Uns pedindo para que a cancele, outros responsabilizando-me pelo sangue ucraniano derramado nesta guerra”, observou.

Desde a publicação da edição de fim de semana do i, vários nomes da música nacional manifestaram-se em relação à participação de outros neste evento do PCP. Por exemplo, Agir, convidado do podcast Posto Emissor, atuou no Festival F, em Faro, e questionado sobre se teria aceitado o convite para atuar este ano no evento, respondeu: “dificilmente iria, até porque até agora nunca aconteceu”.