INE revê crescimento em alta. Economia cresceu 7,1% no 2.º trimestre face a 2021

INE revê crescimento em alta. Economia cresceu 7,1% no 2.º trimestre face a 2021


Mas estagnou em cadeia.


A economia portuguesa registou um crescimento de 7,1% no segundo trimestre do ano, em comparação homóloga, segundo os dados divulgados esta quarta-feira pelo INE, que significam uma revisão em alta face aos 6,9% previstos na estimativa rápida. Mas, em cadeia, a variação foi nula, o que se trata de uma melhoria face à previsão de que teria contraído 0,2%.

“Note-se que a evolução em termos homólogos reflete em parte um efeito de base, dado que no 1º trimestre de 2021 estiveram em vigor várias medidas de combate à pandemia que condicionaram a atividade económica”, revelou o gabinete de estatística.

E acrescenta que o contributo da procura interna para a variação do PIB diminuiu neste período, passando de 10,0 pontos percentuais (p.p.) para 3,7 p.p., verificando-se um crescimento menos acentuado do consumo privado e do investimento.

Já o contributo positivo da procura externa líquida para a variação homóloga do PIB aumentou para 3,5 p.p. (1,7 p.p. no trimestre anterior), “em resultado da aceleração mais acentuada das Exportações de Bens e Serviços que a das importações de bens e serviços”.

No mesmo período, os preços implícitos nos fluxos de comércio internacional “aumentaram significativamente, tendo-se registado uma maior aceleração nas exportações devido às componentes de serviços, determinando uma perda menos intensa dos termos de troca que no trimestre anterior”, diz o INE acrescentando que “o efeito da evolução dos termos de troca conjugado com o comportamento positivo em volume resultaram numa melhoria do saldo externo de bens e serviços em termos nominais, situando-se em -2,2% do PIB”.

Mas, comparando com o primeiro trimestre, o PIB registou uma taxa nula em volume, após um crescimento em cadeia de 2,5% no trimestre anterior, verificando-se um contributo da procura interna de -1,1 p.p. (+2,1 p.p. no 1º trimestre), enquanto o contributo positivo da procura externa líquida aumentou, passando de 0,4 p.p. para 1,1 p.p., “refletindo o crescimento em cadeia mais acentuado das exportações de bens e serviços que o das importações de bens e serviços”.

Neste período, diz ainda o INE, o emprego (medido em número de indivíduos e ajustado de sazonalidade) para o conjunto dos ramos de atividade da economia aumentou 1,8% em termos homólogos (4,4% no trimestre anterior), enquanto o emprego remunerado registou uma variação de 2,8% (4,6% no trimestre anterior).