Gratuitidade na creche. António Costa pretende alargar mais 10 mil lugares para “responder às necessidades das famílias”

Gratuitidade na creche. António Costa pretende alargar mais 10 mil lugares para “responder às necessidades das famílias”


No início de setembro, todas as crianças nascidas desde 1 de setembro de 2021 vão usufruir da creche de forma gratuita. O primeiro-ministro diz que esta medida é das “mais importantes” para o apoio às crianças e às famílias e pretende alargá-lo a todas as famílias, independentemente dos seus rendimentos. 


O primeiro-ministro avançou, esta sexta-feira, que o Governo pretende "alargar mais 10 mil lugares de creche para responder às necessidades das famílias”, no âmbito da política de apoio às crianças na escolaridade abrangente e gratuita, independentemente dos rendimentos familiares. 

Na visita a uma escola na Amadora, António Costa começou por salientar a medida que vai entrar em vigor no início de setembro, que irá impactar a vida das famílias – a gratuitidade das creches.

Esta medida, “uma das mais importantes da política de apoio às crianças” segundo Costa, é um processo gradual, que começa por se aplicar “a todas as crianças nascidas desde 1 de setembro de 2021", passando "às crianças que frequentarão não só o primeiro como também o segundo ano" no próximo ano e, por fim, em 2024 alargar-se-á "a todas as crianças que preenchem as creches". 

Desta forma, o líder do Executivo fez notar que o Estado, futuramente, vai passar a “apoiar todas as crianças” independentemente do rendimento dos pais, além das famílias mais carenciadas. "As famílias com filhos precisam de apoio especial", frisou.

O apoio será para todos, no entanto será distribuído de uma forma diferente, mediante o rendimento da família. Para as famílias mais carenciadas, haverá um aumento de 50 euros por mês, ao passo que para as famílias com mais rendimentos, o apoio será deduzido no IRS.

António Costa também acentuou que o alargamento de lugares da creche também depende dos "acordos de associação para apoiar creches do setor privado naquelas áreas onde haja carência de lugares de creche e não sejam satisfeitas pelo setor social".

"É uma forma de acelerarmos esta medida fundamental, como disse o padre Lino Maia, para apoiar a melhor conciliação entre a vida pessoal, vida familiar e profissional das famílias portuguesas", disse o primeiro-ministro, ao acrescentar que desta forma serão criadas condições para combater também o atual problema demográfico.

O chefe do Governo também não se esqueceu de mencionar, no seu discurso, contem foi aprovado, em Conselho de Ministros, a atualização dos escalões de abonos de família, uma medida “muito importante” para todas as crianças "independentemente do rendimento dos pais, tenham um apoio de 600 euros".