Reforma do TAD requer consenso alargado, diz Governo

Reforma do TAD requer consenso alargado, diz Governo


Executivo mostra ‘abertura’ para ouvir entidades.


Uma eventual reforma do Tribunal Administrativo de Desporto só poderá avançar com um consenso alargado, avisou o secretário de Estado da Juventude e do Desporto, João Paulo Correia.

“Uma reforma do TAD, se vier a existir, só se for objeto de uma proposta muito mais alargada por parte dos responsáveis das entidades que se relacionam ou cujas instituições estão diretamente relacionadas com o funcionamento do TAD”, afirmou, em declarações à Lusa, reagindo às palavras de Pedro Proença, presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), sobre o assunto.

Proença argumentou que o TAD não deveria existir, sugerindo ao Governo a criação de um organismo com o poder de decidir mais rapidamente os casos jurídicos. “O poder político deveria centrar-se na criação de um tribunal desportivo que tratasse destes temas de forma eficaz, com processos céleres e capazes”, disse.

Em Évora, João Paulo Correia defendeu que as “reformas estruturantes devem ser muito bem ponderadas” e que as entidades relacionadas com o universo do TAD “devem ser chamadas a refletir sobre o funcionamento do tribunal”.

“O Governo tem abertura para ouvir entidades como a Federação Portuguesa de Futebol, a LPFP, os clubes que participam nas competições profissionais de futebol e os próprios responsáveis pelo TAD, como também as outras modalidades”, disse o secretário de Estado, argumentando ser “preciso que todas as entidades, direta ou indiretamente envolvidas, se pronunciem, desejavelmente, no seu sentido”.