Rússia condena basquetebolista Brittney Griner a nove anos de prisão

Rússia condena basquetebolista Brittney Griner a nove anos de prisão


Biden Já reagiu: “Isto é inaceitável, peço à Rússia a libertação imediata para que esta mulher possa regressar para junto da sua família e amigos”.


A basquetebolista norte-americana Brittney Griner foi condenada, esta quinta-feira, pela justiça russa a uma pena de prisão efetiva de nove anos, por alegado tráfico de drogas.

No final do julgamento, que decorreu em Jimki, nos arredores de Moscovo, a juíza Anna Sotnikova afirmou que a basquetebolista será condenada "a nove anos de prisão efetiva", retirando apenas seis meses ao pedido de condenação que o ministério público russo tinha apresentado horas antes.

A defesa de Brittney Griner, que está detida na Rússia desde fevereiro, tinha pedido a absolvição da jogadora que, segundo a lei russa, poderia ser condenada a uma pena máxima de 10 anos.

O presidente norte-americano, que tem sido pressionado a tentar a libertação da basquetebolista, já reagiu considerando a condenação "inaceitável".

Em comunicado, Joe Biden afirmou: "Isto é inaceitável, peço à Rússia a libertação imediata para que esta mulher possa regressar para junto da sua família e amigos".

Biden garantiu que serão exploradas todas as "vias possíveis" para conseguir a libertação da basquetebolista, e os advogados da jogadora também anunciaram que irão recorrer da sentença.

Brittney Griner foi duas vezes campeã olímpica (Rio2016 e Tóquio2020) e uma das principais figuras da Liga norte-americana de basquetebol (WNBA), já

Recorde-se que Griner, que representa alternadamente a equipa norte-americana Phoenix Mercury e a russa Ecaterimburgo, conforme o calendário dos campeonatos, foi detida em 17 de fevereiro, num aeroporto em Moscovo, após terem sido detetados óleos canabinoides, vaporizadores e outros produtos na sua bagagem, segundo as autoridades locais.

No tribunal, a atleta afirmou não saber como é que os frascos com óleo de canábis foram parar à suabagagem, admitiu, no entanto, que tem uma receita médica que lhe permite o uso de canábis para efeitos de saúde, devido às dores provocadas pelo exercício físico como atleta.

A jogadora de basquetebol, de 31 anos, considerou-se culpada, mas afirmou que não tinha qualquer intenção criminosa de fazer entrar o óleo de canábis na Rússia, durante a temporada em que devia jogar na liga de basquetebol da Rússia.

Sublinhe-se que a prisão da atleta ocorreu numa altura ainda mais tensa das relações entreWashington e Moscovo, por causa da invasão da Ucrânia, em 24 de fevereiro.