O ministro das Finanças britânico, Nadhim Zahawi, e o antigo ministro dos Negócios Estrangeiros Jeremy Hunt foram eliminados na primeira volta das eleições no partido Conservador para a sucessão do primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, foi hoje anunciado.
Apenas seis dos oito candidatos conseguiram mais de 30 votos necessários para passagem à próxima volta, indicou o deputado Graham Brady, presidente do Comité 1922, o conselho dos deputados do Partido Conservador que organiza as eleições para a liderança.
Assim, passam à segunda volta o antigo ministro das Finanças Rishi Sunak (88), a secretária de Estado do Comércio Penny Mordaunt (67), a ministra dos Negócios Estrangeiros Liz Truss (50), a Procuradora-Geral Suella Braverman (32), o deputado Tom Tugendhat (37) e a secretária de Estado da Igualdade Kemi Badenoch (40).
Uma nova ronda reservada ao grupo parlamentar Conservador vai realizar-se na quinta-feira.
Até ao final da próxima semana, deverão estar identificados os dois finalistas que serão depois alvo de um escrutínio junto dos cerca de 200.000 militantes de base do Partido Conservador através de voto postal.
O vencedor será anunciado em 05 de setembro, quando o parlamento regressar das férias de verão.
Uma sondagem da empresa YouGov realizada na terça-feira à noite e hoje de manhã junto de 879 militantes Conservadores sugere que o resultado final poderá surpreender e contrariar as expetativas iniciais relativamente aos favoritos.
Segundo a sondagem, Penny Mordaunt é a mais popular pelas bases do partido, seguida por Kemi Badenoch, enquanto Rishi Sunak e Liz Truss estão empatados em terceiro.
Boris Johnson demitiu-se da liderança dos 'tories' na semana passada, na sequência da saída de mais de 50 membros do governo, que responsabilizaram o primeiro-ministro por uma série de escândalos, mas mantém-se em funções até à conclusão do processo.
O vencedor da eleição será, por conseguinte, convidado pela rainha Isabel II a formar governo, sem necessidade de eleições legislativas, pois o Partido Conservador possui uma maioria absoluta no parlamento.