Esta terça-feira foram batidos os recordes históricos de temperatura no país em pelo menos oito estações metereológicas. Em comunicado, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera lista recordes superados nas estações de Monção, Coimbra/Aeródromo, Moimenta da Beira, Figueira da Foz/Vila Verde, Bragança e Lamas de Mouro. Na edição de hoje, após a visita ontem ao Centro Operacional de Previsão Meterológica do IPMA, o i já tinha dado nota do recorde superado em Monção, mas também na estação de Vila Real cidade e Viseu cidade, que bateram igualmente recordes de temperatura embora não constem da lista divulgada esta manhã pelo instituto. As temperaturas máximas registadas nas estações podem ser consultadas online no site do IPMA. Constata-se que esta terça-feira, houve três estações onde as temperaturas passaram os 44ºC, Alvega, Leiria Aeródromo e Tomar (Valdonas), embora nenhum destes casos tenha sido um recorde.
Os dados históricos do IPMA, a que o i teve acesso e publicados na edição de hoje, mostram que na estação de Alvega, o máximo de temperatura registdo foram 46,8ºC em agosto de 2018, pelo que mesmo o local mais quente ontem do país ainda ficou aquém do recorde da onda de calor de há quatro anos.
Hoje são esperados mais recordes de temperatura, podendo ser superados até valores atingidos ontem.
Para amanhã estão previstas temperaturas mais elevadas no interior Norte, nomeadamente 47ºC para Pinhão, que alguns modelos usados pelo IPMA já sugeriram nos últimos dias que poderia chegar mesmo aos 48ºC, o que ontem não estava descartado. A temperatura máxima registada em Pinhão foi de 46ºC em 1944. A confirmar-se, poderia ser superado em Portugal o máximo histórico de temperatura, registado em 2003 na Amareleja, onde a temperatura chegou aos 47,3ºC.
No balanço de terça-feira, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera assinala que houve temperaturas acim ade 40ºC em 40 % do território, e acima de 42 °C, 15 % do território. Há 21 zonas do país oficialmente em onda de calor, o que é declarado ao fim de cinco dias com temperaturas acima do histórico para a altura do ano, contando para isso as medições feitas nas estações oficiais do IPMA. A onda de calor dura, nos casos mais prolongados, há sete dias. A vaga de calor mais prolongada em Portugal registou-se em 2003, de 29 de julho a 14 de agosto.