As exportações e importações de bens dispararam 40,6% e 46,4%, respetivamente, em maio deste ano. Os valores foram avançados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) que acrescenta que “cerca de metade destas variações traduzem crescimento de preços: os índices de valor unitário (preços) registaram variações homólogas de +17,2% nas exportações e +24,3% nas importações”. Ou seja, a inflação ajudou a este crescimento.
O INE acrescenta que, ainda em termos nominais, destaque para os crescimentos nas exportações e importações de fornecimentos industriais (+60,3% e +38,6%, respetivamente), generalizados a vários grupos de produtos, “mas com especial incidência nas exportações de produtos farmacêuticos e nas importações de combustíveis e lubrificantes (+147,8%), neste último caso explicado em parte pelas transações de gás natural”.
Segundo o gabinete de estatística, excluindo combustíveis e lubrificantes, as exportações e as importações aumentaram 35,3% e 34,4%, respetivamente. Os índices de valor unitário (preços) excluindo os produtos petrolíferos registaram variações homólogas de +12,9% nas exportações e +15,2% nas importações.
Já o défice da balança comercial de bens agravou-se em 976 milhões de euros face a maio de 2021, atingindo 2421 milhões de euros. Excluindo combustíveis e lubrificantes, o défice totalizou 1300 milhões de euros, aumentando 296 milhões de euros relativamente a maio de 2021.
Feitas as contas ao conjunto do trimestre terminado em maio deste ano, as exportações e as importações cresceram 23,3% e 35,3%, respetivamente, face ao mesmo período de 2021.