Fogo regressa ao Pinhal Interior com incêndio em Figueiró dos Vinhos

Fogo regressa ao Pinhal Interior com incêndio em Figueiró dos Vinhos


Pelas 20h, o fogo estava em resolução, mas havia sido pedido um reforço de meios menos de duas horas antes.


Com a subida dos termómetros chegaram igualmente os incêndios de grandes dimensões. Nesta quarta-feira, pelas 16h15 na freguesia de Arega, em Figueiró dos Vinhos, no distrito de Leiria, foi dado o alerta para um incêndio que havia deflagrado. Pelas 20h de hoje, de acordo com dados disponibilizados pelo site Fogos.pt, estavam 217 operacionais no terreno, 66 meios terrestres e quatro meios aéreos (tendo este número chegado a nove pelas 18h20).

Quando o fogo se encontrava em fase de resolução, segundo aquela plataforma, a temperatura rondava os 28.ºC e, até à hora de fecho desta edição, não existia qualquer informação acerca de habitações ameaçadas ou vítimas mortais. Ainda que os dados divulgados pelo Fogos.pt tenham sido atualizados quase ao minuto, o i apurou que a situação foi complexa.

Isto porque, antes de se ter iniciado a fase de resolução, as chamas terem estado, por volta das 18h50, a aproximar-se de Ferreira do Zêzere, particularmente do Bêco. Importa referir que está em causa um fogo em povoamento florestal e a essa hora foi solicitado um reforço de meios, tendo estado 226 bombeiros a combater o fogo com o auxílio de 64 veículos de apoio e 11 meios aéreos.

Como o i já havia noticiado, previa-se a subida das temperaturas, no decorrer desta semana, e a mesma está a verificar-se. Para além disso, estas começaram a subir a partir desta quarta-feira, em Portugal continental, podendo atingir os 40 graus Celsius hoje em algumas regiões – como se pode percecionar pela previsão dos valores máximos entre os 35ºC e os 40ºC no Alentejo e no Vale do Tejo -, conduzindo a um aumento significativo do perigo de incêndio rural, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

O IPMA também havia explicado que, pelo menos até 14 de julho, Portugal viverá noites tropicais. Para os portugueses enfrentarem esta onda de calor, a Direção-Geral da Saúde (DGS) recomenda a ingestão de líquidos, sobretudo água, e evitar a exposição ao sol, nas horas de maior calor, recorrendo a outros cuidados como a aplicação regular de protetor solar ou o especial cuidado com as crianças, idosos e doentes crónicos.

Quanto à temperatura mínima, esta rondará os 20 graus, estando previsto ser praticamente nula a possibilidade da ocorrência de períodos de chuva. Segundo o IPMA, os termómetros vão subir devido a um fluxo do quadrante leste na circulação de um anticiclone localizado a nordeste dos Açores, estendendo-se em crista até à Europa Central, que transportará uma massa de ar quente e seco sobre o território do continente.