Serviços públicos online. Como tratar de quase tudo sem sair de casa

Serviços públicos online. Como tratar de quase tudo sem sair de casa


Pode requerer uma certidão, alterar um registo de propriedade automóvel ou consultar informação predial à distância de um simples clique.


Alguns dos serviços já existiam, mas a pandemia veio acelerar a possibilidade de poder recorrer aos mais variados serviços públicos online. Evita filas de espera e consegue, em muitos casos, evitar verdadeiras dores de cabeça. 

Como fazer? Basta aceder aos serviços online da administração pública e fazer a autenticação. A partir daí pode tratar de assuntos fiscais, consultar informações, emitir documentos, fazer pagamentos e muito mais.

Mas como aceder? Tem de fazer a autenticação através do número do cartão de cidadão ou de uma chave móvel. Este último é uma forma de autenticação alternativa, com recurso ao telemóvel. Após efetuar um registo prévio, o cidadão pode autenticar-se com o seu número de telemóvel, PIN pessoal e um código de segurança recebido por SMS.

A partir daí pode obter uma certidão de nascimento, ou de outra natureza, alterar um registo de propriedade automóvel, consultar informação predial ou apresentar a declaração de IRS.

Até aqui era possível fazê-lo com o cartão do cidadão, desde que instalasse um programa específico no computador e usasse um leitor de cartões. Agora tem de registar-se uma vez, com o cartão de cidadão, no portal https://autenticacao.gov.pt para lhe ser atribuída uma senha de acesso a todos os portais de serviços do Estado, a que pode associar um número de telemóvel e um endereço de correio eletrónico. Isto significa que qualquer um destes dois contactos servirá para receber o código que lhe permitirá usar, em cada momento, um serviço público online. Esta combinação de palavra-chave e código temporário substitui a assinatura e até a necessidade de apresentação do cartão do cidadão. Desta forma, o Estado consegue confirmar a autenticidade da sua identificação.

Validade momentânea Como este sistema é inspirado no que já é usado pela banca para autenticar a identificação dos seus clientes de homebanking, a chave móvel digital tem praticamente a mesma funcionalidade. A ideia é simples: é criada com o propósito de facilitar e generalizar o acesso dos cidadãos a serviços públicos prestados através da internet. 

No caso de não querer aderir à chave móvel digital pode continuar a usar apenas o cartão de cidadão para se autenticar junto da administração pública online? Pode, mas terá de continuar a inseri-lo num leitor de cartões conectado a um computador onde tenha instalado o software gratuito específico para este fim.

Neste caso terá de se identificar com o PIN que lhe foi fornecido juntamente com o cartão. Este pode ser personalizado para facilitar a memorização. Seja qual for o sistema utilizado para se identificar perante a administração pública na internet, ambos são considerados autenticações seguras pelo facto de recorrerem a uma técnica (criptografia) para codificar e trancar mensagens.

Desta forma, o Estado garante que determinado documento chega ao seu destinatário por um remetente devidamente identificado e sem correr o risco de sofrer qualquer alteração.

Códigos perdidos No caso de não ter memorizado o PIN de autenticação que lhe foi atribuído durante a emissão do cartão do cidadão e de não ter consigo a carta entregue nessa altura com os seus códigos, terá de dirigir-se a um espaço ou loja do cidadão e pedir a emissão de novo cartão. 

No entanto, mesmo apresentando um cartão de cidadão ainda válido, terá de pagar os 15 euros referentes à emissão do novo cartão, como se de uma renovação comum se tratasse.

De acordo com o site do Governo, se não for possível fazer o serviço online, pode deslocar-se a um balcão, ou, em certos casos, utilizar o telefone ou o atendimento por videochamada. No atendimento presencial recomenda-se, sempre que possível, o agendamento prévio. E lembra que, a maioria dos balcões de serviços públicos está a funcionar sem marcação, incluindo nas Lojas de Cidadão, e Espaços Cidadão.