Ministra da Defesa acredita que mais mulheres na Forças Armadas tornam “mais difícil” a incompetência

Ministra da Defesa acredita que mais mulheres na Forças Armadas tornam “mais difícil” a incompetência


Questionada sobre as declarações do Presidente da República acerca da igualdade de género nas Forças Armadas, a ministra afirmou que percebeu a intenção da mensagem de Marcelo Rebelo de Sousa.


A ministra da Defesa Nacional acredita que, com mais mulheres em cargos de decisão nas Forças Armadas, seja “mais difícil” haver “pessoas incompetentes” nessas posições.

"A minha esperança é que o facto de haver mais mulheres a chegar a cargos de decisão possa tornar mais difícil, mais improvável, que pessoas incompetentes cheguem a esses lugares", disse Helena Carreiras aos jornalistas à margem das comemorações do 70.º aniversário da Força Aérea Portuguesa (FAP), em Beja.

Questionada sobre as declarações do Presidente da República acerca da igualdade de género nas Forças Armadas, a ministra afirmou que percebeu a intenção da mensagem de Marcelo Rebelo de Sousa.

Nesta terça-feira, o chefe do Estado disse que só haverá verdadeira igualdade entre homens e mulheres naquela força militar "quando chegar aos mais altos postos uma mulher tão incompetente como chega, em vários casos, um homem".

Na ótica de Helena Carreiras, Marcelo quis enfatizar "a importância do caminho que falta ainda percorrer" para chegar "à igualdade plena".

Relativamente ao compromisso já assumido pelo primeiro-ministro sobre Portugal atingir antecipadamente no próximo ano 1,66% do PIB para a Defesa, a governante reiterou a vontade de cumprir esse objetivo, que ainda assim, se encontra abaixo do pretendido pela NATO, sobretudo devido aos encargos militares que Aliança Atlântica protagoniza na guerra na Ucrânia.

Para Helena Carreiras, a antecipação dessa meta significa que, no próximo ano, vai haver "um reforço do orçamento da Defesa, na medida das possibilidades [do país] neste contexto de crise".

Não obstante, existe também "a possibilidade de haver um reforço de meios da União Europeia e de outros fundos", para que o país possa "atingir e tentar convergir para os 2% [do PIB para a Defesa] até ao final da década", acrescentou.

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