LGBT+. Moreira, o BE e a apropriação de causas

LGBT+. Moreira, o BE e a apropriação de causas


“Não são donos de um movimento, nem proprietários de um movimento”, afirmou autarca do Porto.


Rui Moreira, presidente da Câmara do Porto, acusou os deputados municipais do Bloco de Esquerda de se apropriarem das causas da comunidade LGBT+. A acusação surgiu após Susana Constante Pereira, deputada municipal do BE, ter feito um pedido de esclarecimento sobre o papel da autarquia na organização do LGBT+ Music Festival, entretanto cancelado.

“A iniciativa está a ser pensada à revelia e não em consonância com a organização histórica com 16 anos feita pela comissão organizadora da marcha do orgulho”, disse Susana Constante Pereira.

“Não são donos de um movimento, nem proprietários de um movimento”, respondeu o autarca independente, garantindo que, “enquanto for presidente da Câmara, o BE não  vai apropriar-se desses movimentos cívicos, deve participar neles, deve apoiá-los”. Mais, Rui Moreira acusou o BE de “tentar capturar o movimento LGBT+ em Portugal”, considerando a ação uma “vergonha” e um ato “fascista”.

Mas a deputada bloquista não se deixou ficar, acrescentando que o partido “não se apropria de movimentos” e que “está e estará desde o primeiro momento” ao lado da comunidade LGBT+.