A banca cooperativa ao serviço da Europa e de Portugal


Na crise financeira de 2011, o Crédito Agrícola Mútuo não recorreu a qualquer apoiodo Estado, como aconteceu com a maioria da banca em Portugal.


O movimento cooperativo bancário tem uma expressão única no contexto europeu.

Na verdade, trata-se de um movimento no qual o conceito de lucro não é absoluto e que se dedica de forma empenhada na defesa e protecção dos interesses colectivos, em detrimento dos interesses individuais.

Para uma melhor compreensão desta realidade, importa ter presente que o movimento cooperativo bancário agrega 2700 bancos locais, com mais de 42 mil agências bancárias, congrega mais de 87 milhões de membros de associados e mais de 223 milhões de clientes, servidos por 703 mil funcionários.

Estes números são suficientemente expressivos para se perceber a importância desta realidade sócio-financeira e bancária.

Importa salientar que estes bancos cooperativos representam cerca de 20% do mercado bancário europeu e a sua área de atuação privilegia os clientes particulares, as pequenas e médias empresas e ainda projectos de desenvolvimento local.

Esta força que emana da sociedade civil é primordialmente orientada pelos valores da confiança, da autonomia e independência, da adesão livre e voluntária e do interesse e empenho no desenvolvimento das comunidades onde estamos implementados.

Ou seja, apesar de cumprirmos as regras de Regulação e de Sustentabilidade idênticas à banca privada e comercial, somos distintos do restante sector bancário, uma vez que não estamos a servir accionistas e não buscamos unicamente o lucro. Na verdade, sempre nos guiámos pelo desejo de não abandonar as comunidades locais e de servir também os que têm menor acesso ao sector financeiro. Para nós, os projectos essenciais à coesão territorial e social, a par da promoção de sectores de actividade estruturantes para as comunidades locais, são fundamentais.

Somos diferentes, nos princípios em que nos fundamos, na forma como nos organizamos e no modo como nos posicionamos. Apesar destas singularidades, somos cada vez mais tratados como se fôssemos iguais à banca comercial stritu sensu e, não raro, olhados com desconfiança e desconforto da parte de algumas autoridades. Malgrado esta circunstância, a verdade é que em vários períodos de crise económica e financeira, com a nossa solidez e resiliência, fomos essenciais e contribuímos para os ultrapassar estas fases de instabilidade, atendendo à boa e cautelosa gestão que sempre defendemos e praticamos.

Na crise financeira de 2011, o Crédito Agrícola Mútuo não recorreu a qualquer apoio do Estado, como aconteceu com a maioria da banca em Portugal, tendo-se ainda posicionado na vanguarda pela forma como respondeu às necessidades de mercado.

Proponho esta reflexão na qualidade de Presidente da Federação Nacional de Caixas Agrícolas Mútuo – FENACAM que agrega mais de 65 CCAM locais, que tem mais de 1 milhão de clientes, cerca de 250 mil associados e mais de 4.000 trabalhadores.

Sentimos um grande orgulho na nossa história de mais de 100 anos e olhamos para o futuro confiantes de que as Caixas Agrícolas continuarão a ser âncoras das comunidades onde estão inseridas. 

 

Presidente da Federação Nacional de Caixas Agrícolas Mútuo (FENACAM)

A banca cooperativa ao serviço da Europa e de Portugal


Na crise financeira de 2011, o Crédito Agrícola Mútuo não recorreu a qualquer apoiodo Estado, como aconteceu com a maioria da banca em Portugal.


O movimento cooperativo bancário tem uma expressão única no contexto europeu.

Na verdade, trata-se de um movimento no qual o conceito de lucro não é absoluto e que se dedica de forma empenhada na defesa e protecção dos interesses colectivos, em detrimento dos interesses individuais.

Para uma melhor compreensão desta realidade, importa ter presente que o movimento cooperativo bancário agrega 2700 bancos locais, com mais de 42 mil agências bancárias, congrega mais de 87 milhões de membros de associados e mais de 223 milhões de clientes, servidos por 703 mil funcionários.

Estes números são suficientemente expressivos para se perceber a importância desta realidade sócio-financeira e bancária.

Importa salientar que estes bancos cooperativos representam cerca de 20% do mercado bancário europeu e a sua área de atuação privilegia os clientes particulares, as pequenas e médias empresas e ainda projectos de desenvolvimento local.

Esta força que emana da sociedade civil é primordialmente orientada pelos valores da confiança, da autonomia e independência, da adesão livre e voluntária e do interesse e empenho no desenvolvimento das comunidades onde estamos implementados.

Ou seja, apesar de cumprirmos as regras de Regulação e de Sustentabilidade idênticas à banca privada e comercial, somos distintos do restante sector bancário, uma vez que não estamos a servir accionistas e não buscamos unicamente o lucro. Na verdade, sempre nos guiámos pelo desejo de não abandonar as comunidades locais e de servir também os que têm menor acesso ao sector financeiro. Para nós, os projectos essenciais à coesão territorial e social, a par da promoção de sectores de actividade estruturantes para as comunidades locais, são fundamentais.

Somos diferentes, nos princípios em que nos fundamos, na forma como nos organizamos e no modo como nos posicionamos. Apesar destas singularidades, somos cada vez mais tratados como se fôssemos iguais à banca comercial stritu sensu e, não raro, olhados com desconfiança e desconforto da parte de algumas autoridades. Malgrado esta circunstância, a verdade é que em vários períodos de crise económica e financeira, com a nossa solidez e resiliência, fomos essenciais e contribuímos para os ultrapassar estas fases de instabilidade, atendendo à boa e cautelosa gestão que sempre defendemos e praticamos.

Na crise financeira de 2011, o Crédito Agrícola Mútuo não recorreu a qualquer apoio do Estado, como aconteceu com a maioria da banca em Portugal, tendo-se ainda posicionado na vanguarda pela forma como respondeu às necessidades de mercado.

Proponho esta reflexão na qualidade de Presidente da Federação Nacional de Caixas Agrícolas Mútuo – FENACAM que agrega mais de 65 CCAM locais, que tem mais de 1 milhão de clientes, cerca de 250 mil associados e mais de 4.000 trabalhadores.

Sentimos um grande orgulho na nossa história de mais de 100 anos e olhamos para o futuro confiantes de que as Caixas Agrícolas continuarão a ser âncoras das comunidades onde estão inseridas. 

 

Presidente da Federação Nacional de Caixas Agrícolas Mútuo (FENACAM)