Jerónimo de Sousa, secretário-geral do PCP, vai, hoje, revelar as conclusões da reunião do Comité Central que ocorreu ontem, onde o partido discutiu a situação político-social do país, bem como as próprias tarefas do PCP na atualidade. A reunião da direção comunista começou no domingo e prolongou-se até ao dia de ontem, anunciou o próprio partido em comunicado.
Em conferência de imprensa, hoje, a partir das 11h00, as conclusões da mesma serão apresentadas na sede do partido, em Lisboa.
Da última vez que o Comité Central esteve reunido foi a 1 de fevereiro, dois dias depois das eleições legislativas de 30 de janeiro. Na altura, discutiam-se os resultados eleitorais da CDU nessas legislativas, que foram os piores de sempre. Afinal de contas, o partido perdeu quatro deputados, ficando resumido a seis cadeiras ocupadas no hemiciclo.
Na apresentação das conclusões dessa reunião, Jerónimo de Sousa apelou à “dinamização da luta de massas e do esclarecimento, intervenção e mobilização política”. “O PCP reafirma o seu compromisso de intervir para dar solução aos problemas do país. Cada voto e cada deputado eleito pela CDU contará para esse caminho, que exige a participação e ampla mobilização dos trabalhadores e do povo”, podia-se ler num comunicado oficial publicado na altura.
Agora, o partido tem-se batido contra aquilo que considera ser uma forte falta de medidas estruturais por parte do Governo para combater a inflação. “O PCP reafirma que na atual situação nacional impõe-se um aumento geral dos salários – dos setores privado e público – incluindo um aumento extraordinário do Salário Mínimo Nacional para 800 euros em julho”, pede o partido, em comunicado, para combater os efeitos da inflação.
O PCP tem estado sob os holofotes pela sua posição relativamente à invasão russa da Ucrânia. Isto porque os comunistas preferem adotar uma narrativa em que defendem que o conflito em território ucraniano resulta não unicamente dos interesses do regime de Vladimir Putin, mas sim de vários anos de ingerência dos Estados Unidos da América e da NATO na região, bem como de uma instigação de um clima de conflito com a Rússia.