Os primeiros desafios de Luís Montenegro


Chegou a hora. É tempo de arregaçar mangas, chamar os melhores e pôr mãos à obra, não há mais tempo a perder porque em 2023 há eleições para vencer.


No sábado passado o PPD-PSD escolheu o seu novo Presidente e Luís Montenegro foi o vencedor desta disputa interna. O resultado não deixou margem para dúvidas, os militantes do PPD-PSD deram uma maioria clara à candidatura encabeçada pelo antigo líder parlamentar do partido, no tempo de Passos Coelho, tendo este pela frente o desafio de recolocar o PPD-PSD no lugar onde ele merece estar – como principal partido da oposição e de alternativa ao governo socialista.

Para isso, Luís Montenegro tem pela frente diferentes desafios, todos eles exigentes, onde a margem para falhar é praticamente nula.

Em primeiro lugar, deve procurar sanar as feridas internas, começando por dar um sinal claro de unidade no próximo Congresso, a realizar no primeiro fim-de-semana de julho. Parece ser sensato que Jorge Moreira da Silva e alguns dos seus mais distintos apoiantes sejam incluídos nas listas aos órgãos nacionais do partido – se assim for a vontade dos próprios – pode parecer uma questão irrelevante, mas para quem conhece a dinâmica e o funcionamento dos partidos, sabe bem o quão importante é estarem todos a remar no mesmo sentido.

Outra questão interna, muito importante, é a reorganização do grupo parlamentar do PPD-PSD. A luta política faz-se, não só, mas também nas posições políticas que os partidos assumem na Assembleia da República. É desejável que Luís Montenegro, não sendo deputado, não tenha um grupo parlamentar hostil, e para isso, deverá promover uma articulação estreita com os deputados sociais-democratas.

Luís Montenegro fez saber durante a sua campanha que constituirá um gabinete no Parlamento para que a articulação com o grupo parlamentar seja mais próxima e eficiente – o que me parece uma decisão bastante acertada. O líder do partido e o grupo parlamentar têm de ter uma só voz – Luís Montenegro não poderá dizer ao país o contrário do que o seu grupo parlamentar defende na Assembleia da República – aí estaríamos à beira do abismo.

Do ponto de vista externo, também há muito a fazer, os portugueses têm de voltar a acreditar e a reverem-se no PPD-PSD e aquilo que num primeiro momento parecia ser uma enorme desvantagem, pode ser determinante para o sucesso de Luís Montenegro. O facto de não ser deputado dá-lhe mais tempo para poder percorrer o País e ouvir os principais anseios dos portugueses.

É no terreno, ouvindo todos, Empresas, Instituições do Setor Social, Instituições Privadas e Públicas que se consegue compreender os problemas do País real, que dificilmente serão conhecidos dentro de um gabinete em Lisboa. Foi assim que fez internamente, nestas eleições, percorreu o país e ouviu os militantes, da concelhia maior à mais pequena. Estou certa de que o fará no País, só assim poderá ambicionar alcançar o mesmo sucesso que teve internamente.

Não posso deixar de referir, o brilhante artigo que o Professor Cavaco Silva escreveu recentemente, a propósito dos governos de António Costa. Luís Montenegro, que até gosta de futebol, tem aqui um excelente pontapé de saída para desmontar a máquina de propaganda do governo e do Partido Socialista.

Porque o slogan de António Costa, “Palavra dada tem de ser palavra honrada” traduz-se em muitas ocasiões, em inverdades, veja-se por exemplo, o caso da grande bandeira eleitoral do Partido Socialista – um médico de família para cada português – em 2022 há mais portugueses sem médico de família do que em 2015, este é apenas um pequeno exemplo, de muitos que são necessários desmontar e explicar aos portugueses.

Chegou a hora. É tempo de arregaçar mangas, chamar os melhores e pôr mãos à obra, não há mais tempo a perder porque em 2023 há eleições para vencer.

 

 

 

Os primeiros desafios de Luís Montenegro


Chegou a hora. É tempo de arregaçar mangas, chamar os melhores e pôr mãos à obra, não há mais tempo a perder porque em 2023 há eleições para vencer.


No sábado passado o PPD-PSD escolheu o seu novo Presidente e Luís Montenegro foi o vencedor desta disputa interna. O resultado não deixou margem para dúvidas, os militantes do PPD-PSD deram uma maioria clara à candidatura encabeçada pelo antigo líder parlamentar do partido, no tempo de Passos Coelho, tendo este pela frente o desafio de recolocar o PPD-PSD no lugar onde ele merece estar – como principal partido da oposição e de alternativa ao governo socialista.

Para isso, Luís Montenegro tem pela frente diferentes desafios, todos eles exigentes, onde a margem para falhar é praticamente nula.

Em primeiro lugar, deve procurar sanar as feridas internas, começando por dar um sinal claro de unidade no próximo Congresso, a realizar no primeiro fim-de-semana de julho. Parece ser sensato que Jorge Moreira da Silva e alguns dos seus mais distintos apoiantes sejam incluídos nas listas aos órgãos nacionais do partido – se assim for a vontade dos próprios – pode parecer uma questão irrelevante, mas para quem conhece a dinâmica e o funcionamento dos partidos, sabe bem o quão importante é estarem todos a remar no mesmo sentido.

Outra questão interna, muito importante, é a reorganização do grupo parlamentar do PPD-PSD. A luta política faz-se, não só, mas também nas posições políticas que os partidos assumem na Assembleia da República. É desejável que Luís Montenegro, não sendo deputado, não tenha um grupo parlamentar hostil, e para isso, deverá promover uma articulação estreita com os deputados sociais-democratas.

Luís Montenegro fez saber durante a sua campanha que constituirá um gabinete no Parlamento para que a articulação com o grupo parlamentar seja mais próxima e eficiente – o que me parece uma decisão bastante acertada. O líder do partido e o grupo parlamentar têm de ter uma só voz – Luís Montenegro não poderá dizer ao país o contrário do que o seu grupo parlamentar defende na Assembleia da República – aí estaríamos à beira do abismo.

Do ponto de vista externo, também há muito a fazer, os portugueses têm de voltar a acreditar e a reverem-se no PPD-PSD e aquilo que num primeiro momento parecia ser uma enorme desvantagem, pode ser determinante para o sucesso de Luís Montenegro. O facto de não ser deputado dá-lhe mais tempo para poder percorrer o País e ouvir os principais anseios dos portugueses.

É no terreno, ouvindo todos, Empresas, Instituições do Setor Social, Instituições Privadas e Públicas que se consegue compreender os problemas do País real, que dificilmente serão conhecidos dentro de um gabinete em Lisboa. Foi assim que fez internamente, nestas eleições, percorreu o país e ouviu os militantes, da concelhia maior à mais pequena. Estou certa de que o fará no País, só assim poderá ambicionar alcançar o mesmo sucesso que teve internamente.

Não posso deixar de referir, o brilhante artigo que o Professor Cavaco Silva escreveu recentemente, a propósito dos governos de António Costa. Luís Montenegro, que até gosta de futebol, tem aqui um excelente pontapé de saída para desmontar a máquina de propaganda do governo e do Partido Socialista.

Porque o slogan de António Costa, “Palavra dada tem de ser palavra honrada” traduz-se em muitas ocasiões, em inverdades, veja-se por exemplo, o caso da grande bandeira eleitoral do Partido Socialista – um médico de família para cada português – em 2022 há mais portugueses sem médico de família do que em 2015, este é apenas um pequeno exemplo, de muitos que são necessários desmontar e explicar aos portugueses.

Chegou a hora. É tempo de arregaçar mangas, chamar os melhores e pôr mãos à obra, não há mais tempo a perder porque em 2023 há eleições para vencer.