O estado do Oklahoma aprovou uma lei que proíbe o aborto desde o momento da fertilização. A lei foi assinada pelo governador do estado, o republicano Kevin Slitt.
A lei entrou imeadiatamente em vigor e vem dar seguimento à lei contra o aborto aprovada no ano passado no Texas, que permite que qualquer cidadão denuncie empresas e pessoas que deem assistência a uma mulher na interrupção da gravidez.
A lei proíbe a interrupção voluntária da gravidez, com exceção de quando a vida da mãe está em perigo ou de quando a gravidez é resultado de uma violação ou incesto.
Em comunicado, o governador escreve que "a vida começa na conceção e temos a responsabilidade, como seres humanos, de fazer todo o possível para proteger a vida desse bebé e da mãe".
Segundo o texto, a definição de aborto não inclui "o uso, prescrição, fornecimento ou venda de pílulas do dia seguinte, ou qualquer tipo de contracetivo ou contracetivo de emergência".
Em comunicado, a União de Liberdades Civis norte-americana (ACLU, na sigla inglesa) respondeu que "ninguém deve ser obrigado a continuar uma gravidez contra a sua vontade" e alertou que a proibição do aborto põe em risco a vida das mulheres, que serão forçadas interromper a gravidez fora do sistema de saúde.
Apesar da lei que agora vigora, o Oklahoma já tinha uma lei que poibia abortos desde as primeiras seis semanas de gravidez.
No verão, entrará em vigor outra regra, esta assinada pelo governador em abril, que vai proibir qualquer interrupção da gravidez, a não ser que seja pra salvar a vida da mãe.
De acordo com um estudo feito pelo centro de pesquisa Pew, divulgado em março deste ano, 61% dos norte-americanos apoia a proteção legal do aborto, enquanto que 8% defendem a proibição total e 29% consideram que devia ser ilegal, exceto em circunstâncias limitadas.