Grécia. Piloto condenado por matar companheira e enforcar o cão

Grécia. Piloto condenado por matar companheira e enforcar o cão


Durante mais de um mês, o homem tentou levar as autoridades a acreditar que os responsáveis tinham sido ladrões que entraram na casa do casal. Depois de matar a companheira, o piloto colocou a filha de onze meses ao lado do seu cadáver. 


O piloto grego Babis Anagnostopoulos foi declarado culpado pela morte da sua esposa e por ter enforcado o seu cão.

Anagnostopoulos, de 34 anos, admitiu ter enforcado a mulher, Caroline Crouch, de 20 anos, enquanto esta dormia na casa que partilhavam em Atenas. 

O piloto enfrentava quatro acusações: homicídio premeditado, abuso animal, engano de justiça e mentira às autoridades. Passadas cinco semanas de julgamento, o homem foi considerado culpado em todas elas. 

Durante um testemunho que demorou 10 horas, avança o Daily Mirror, Babis admitiu ter assassinado a companheira "no calor do momento", durante a madrugada de 11 de maio de 2021. 

O tribunal de Atenas condenou o homem a prisão prepétua e a mais onze anos e seis meses pela morte do husky do casal, Roxy, e por, deliberadamente, tentar corromper o curso da investigação. Além da pena de prisão, o piloto terá de pagar uma multa de 21 mil euros. 

Segundo a procuradora Eugenia Stathopoulu, Anagnostopoulos matou Caroline a sangue frio, tendo cobrido a sua boca com a mão, colocado uma almofada a tapar a sua cara e deitado-se em cima dela – provocando assim uma morte com "tortura" que demorou cinco minutos a completar. 

Já os advogados do detido pediram para que a pena de prisão fosse mais curta, uma vez que, até aquele momento, o piloto não tinha registo criminal e foi um "detido modelo" enquanto se encontrava em prisão preventiva. Os advogados referiram ainda a relação como um "romance que acabou em tragédia", apesar de as testemunhas o classificarem como controlador. 

Depois de matar a mulher, o homem colocou a filha do casal, de apenas onze meses, junto ao cadáver da mãe, matou o cão e atou-se a si próprio antes de chamar as autoridades, numa tentativa de levar as autoridades a acreditar que o crime tinha sido cometido por ladrões que invadiram a casa. 

Durante os 37 dias seguintes, Anagnostopoulos manifestou o seu luto pela mulher assassinada e até se dirigiu várias vezes à esquadra da polícia de modo a identificar um possível autor do crime. 

Esta segunda-feira, a procuradora considerou que "se há um traço comum a todos os crimes" cometidos por este autor, é o facto de a inteligencia dos outros ter sido desvalorizada. 

O homem acabou por ser apanhado quando, através dos dados do seu telemóvel, foi possível a polícia perceber que este tinha estado a andar pela casa quando disse que estava amarrado. Através do smartwatch de Caroline foi ainda possível descobrir que a mulher estava a dormir quando foi assassinada. 

Caroline Crouch, de 20 anos, foi encontrada morta com a filha de onze meses ao seu lado, antes de as autoridades descobrirem o piloto atado debaixo da cama.