Futebol sem VAR


Por mais que a decisão de um árbitro de futebol  seja soberana, não pode haver, uma legalização  de uma ação praticada contra as regras estabelecidas…


Temos para nós que, no século XXI, devemos aproveitar todas a invenções que ajudem os Humanos a terem um sistema social e político, mais justo, mais igual para todos, e que diminua, o mais possível, todas as fraudes que se enquadrem no capítulo da corrupção e que tanto prejudicam todos aqueles que prezam a honestidade. Vem esta reflexão a propósito de um jogo de futebol entre a Seleção de Portugal e outro país, em que por ausência do VAR, ou seja, verificação posterior das imagens, não foi validado um golo limpo, do CR7. Ficámos sempre com a certeza de que o “Direito” não é para “empinar”, o que é importante é entender o seu espírito e perceber que a lei tem que estar subordinada à moral e ao Direito. O Direito só pode ser entendido numa perspetiva de justiça entre os Homens, para através da lei ser possível regular as relações entre os Homens, de forma pacífica e civilizada. Uma sociedade sem lei, é uma anarquia, é a lei do mais forte que impera, é a lei da selva. Imaginemos que alguém foi condenado por ter assassinado uma pessoa, e que, passado algum tempo, há um filme que prova que afinal foi outra pessoa o assassino, que não o que foi preso. E agora o que faz a Justiça? Perante as provas existentes, consistentes, manda repetir o julgamento, e condena o verdadeiro autor do crime, libertando o inocente que, por vezes, tem direito a uma indemnização. Também temos para nós que a Justiça que nos interessa é aquela que é promovida pelo Estado e as suas instâncias oficiais. A dita “Justiça desportiva”, leia-se futebol, quanto a nós, não tem primazia sobre a Justiça do Estado. Assim não se pode compreender, à luz do Direito, que depois de se verificar, que uma situação julgada, em determinada altura, de uma maneira, afinal foi de outra que aconteceu, não se pode compreender, dizíamos, que o resultado não seja alterado, ou retificado, em nome da Justiça e da Verdade. Por mais que a decisão de um árbitro de futebol seja soberana, não pode haver, uma legalização de uma ação praticada contra as regras estabelecidas, depois de vir a público uma fotografia a demonstrar exatamente o contrário, e ainda por cima, quando esse “juiz”, vem publicamente, pedir desculpa pelo erro cometido. Isso não é Justiça, isso é, sob o ponto de vista jurídico, uma aberração, diríamos mesmo, uma enormidade jurídica. Certo Ministério Público tem afirmado, algumas vezes depois de investigar alguns casos, que existe alguma corrupção no futebol profissional. É do domínio público. Sempre o afirmámos e continuamos a afirmar, que é incompreensível que o espetáculo profissional desportivo, que é o futebol profissional, esteja dependente do Ministério da Educação e do seu ministro, quando deveria depender da Inspeção dos Espetáculos, como a tauromaquia e o circo, que são atividades congéneres. Não perceber isso é já uma prova de impreparação para o cargo, que terá, e deverá, expurgar, o mais depressa possível, o futebol profissional, da tutela do Ministério da Educação. 

Futebol sem VAR


Por mais que a decisão de um árbitro de futebol  seja soberana, não pode haver, uma legalização  de uma ação praticada contra as regras estabelecidas...


Temos para nós que, no século XXI, devemos aproveitar todas a invenções que ajudem os Humanos a terem um sistema social e político, mais justo, mais igual para todos, e que diminua, o mais possível, todas as fraudes que se enquadrem no capítulo da corrupção e que tanto prejudicam todos aqueles que prezam a honestidade. Vem esta reflexão a propósito de um jogo de futebol entre a Seleção de Portugal e outro país, em que por ausência do VAR, ou seja, verificação posterior das imagens, não foi validado um golo limpo, do CR7. Ficámos sempre com a certeza de que o “Direito” não é para “empinar”, o que é importante é entender o seu espírito e perceber que a lei tem que estar subordinada à moral e ao Direito. O Direito só pode ser entendido numa perspetiva de justiça entre os Homens, para através da lei ser possível regular as relações entre os Homens, de forma pacífica e civilizada. Uma sociedade sem lei, é uma anarquia, é a lei do mais forte que impera, é a lei da selva. Imaginemos que alguém foi condenado por ter assassinado uma pessoa, e que, passado algum tempo, há um filme que prova que afinal foi outra pessoa o assassino, que não o que foi preso. E agora o que faz a Justiça? Perante as provas existentes, consistentes, manda repetir o julgamento, e condena o verdadeiro autor do crime, libertando o inocente que, por vezes, tem direito a uma indemnização. Também temos para nós que a Justiça que nos interessa é aquela que é promovida pelo Estado e as suas instâncias oficiais. A dita “Justiça desportiva”, leia-se futebol, quanto a nós, não tem primazia sobre a Justiça do Estado. Assim não se pode compreender, à luz do Direito, que depois de se verificar, que uma situação julgada, em determinada altura, de uma maneira, afinal foi de outra que aconteceu, não se pode compreender, dizíamos, que o resultado não seja alterado, ou retificado, em nome da Justiça e da Verdade. Por mais que a decisão de um árbitro de futebol seja soberana, não pode haver, uma legalização de uma ação praticada contra as regras estabelecidas, depois de vir a público uma fotografia a demonstrar exatamente o contrário, e ainda por cima, quando esse “juiz”, vem publicamente, pedir desculpa pelo erro cometido. Isso não é Justiça, isso é, sob o ponto de vista jurídico, uma aberração, diríamos mesmo, uma enormidade jurídica. Certo Ministério Público tem afirmado, algumas vezes depois de investigar alguns casos, que existe alguma corrupção no futebol profissional. É do domínio público. Sempre o afirmámos e continuamos a afirmar, que é incompreensível que o espetáculo profissional desportivo, que é o futebol profissional, esteja dependente do Ministério da Educação e do seu ministro, quando deveria depender da Inspeção dos Espetáculos, como a tauromaquia e o circo, que são atividades congéneres. Não perceber isso é já uma prova de impreparação para o cargo, que terá, e deverá, expurgar, o mais depressa possível, o futebol profissional, da tutela do Ministério da Educação.