Chega, IL, BE e PCP vão votar contra OE2022 na generalidade


O partido liderado por André Ventura acusa o documento de não refletir as necessidades dos portugueses. Já a IL acusou falhas de credibilidade, de honestidade e de ambição. PCP e BE juntam-se à lista, depois de PSD ter já anunciado o voto contra há uma semana.


O Chega, bem como a Inciativa Liberal, vão votar contra a proposta do Governo socialista de Orçamento do Estado para 2022. Amanhã é dia de votação e, mesmo antes do momento do sufrágio, já o Chega anunciou que vai votar contra. “Este documento não reflete as preocupações e as necessidades que os portugueses precisam ver acauteladas ao longo deste ano. Pior: mantém a espinha dorsal do OE chumbado em outubro do ano passado, quando não tínhamos nem guerra na Europa, nem o surto inflacionista a que estamos a assistir”, acusam os deputados do Grupo Parlamentar do Chega, em comunicado enviado às redações. Este é um Orçamento, garante o partido liderado por André Ventura, que “peca ainda por voltar a alocar a maior parte dos recursos públicos ao Estado e às suas clientelas, deixando altamente prejudicadas as famílias e as empresas”. Mais, é um Orçamento, diz o Chega, "usurpador: continua a exploração de quem trabalha e investe para sustentar o polvo da máquina do Estado". Assim, "não pode ter a viabilização do Grupo Parlamentar do Chega", conclui o partido. Recorde-se que o PSD já anunciou o voto contra há cerca de uma semana.

 

IL nega Também a Iniciativa Liberal anunciou hoje que vai votar contra a proposta socialista de OE2022. Desde os Passos Perdidos da Assembleia da República, ainda antes do arranque do debate do OE2022 na generalidade, João Cotrim Figueiredo, líder da Iniciativa Liberal, anunciou o voto contra do Grupo Parlamentar liberal. Este é, diz Cotrim Figueiredo, um documento "três falhas grandes" que justificam adecisão do partido – falha de credibilidade, falha de honestidade e falha de ambição. Um Orçamento que "não é credível no que diz respeito à quantificação", acusa o liberal,  acusando as previsões que o Governo está a utilizar para basear este Orçamento de ser "claramente mais favoráveis do que a generalidade das previsões que as instituições internacionais apontam para as variáveis principais".

"Não seria de espantar que num ano normal, se não estivéssemos a aprovar o orçamento quase a meio do ano, fosse um daqueles anos onde a probabilidade de haver um orçamento suplementar fosse enorme. Mesmo assim, vamos ver", garantiu.

 

PCP contra Também os comunistas anunciaram o voto contra a proposta socialista de Orçamento do Estado na generalidade, avançou a Lusa.

 

BE vota contra OE À mesma agência de notícias, Pedro Filipe Soares, líder da bancada do Bloco de Esquerda, assegurou que o partido vai votar contra a proposta de Orçamento do Estado na generalidade.

"O Governo entregou um Orçamento do Estado que, em larga medida, repete o mesmo diploma apresentado em outubro passado e que, já nessa altura, o Bloco de Esquerda considerou que não estava à altura das necessidades do país", referiu o bloquista, argumentando que "meio ano depois, com o eclodir de uma guerra na Europa e o galopar da inflação, a proposta do Governo mostra-se ainda mais inaceitável por não defender os rendimentos das famílias da perda de poder de compra e do empobrecimento que o aumento do custo de vida está a causa".