Marcelo Rebelo de Sousa começou o seu discurso pegando em algumas palavras das duas intervenções que antecederam a sua. Assim como Pedro Delgado Alves, deputado socialista, o Presidente fez questão de evocar Jorge Sampaio, quando a seguir aos cumprimentos formais lembrou “quem nos acompanhou 25 de abril após 25 de abril”.
Mas o chefe de Estado também aproveitou partes do discuso de Santos Silva, siblinhando que “nunca é demais evocar e agradecer o gesto refundador dos capitães de abril” que “foi único e decisivo”. “Não há como esquecê-lo na escrita ou na rescrita da história”.
De seguida, falou nas Forças Armadas, para quem pediu mais meios, explicando que sem elas “a paz, a segurança, a liberdade, a democracia, ficarão mais fracas”.
“Se não criarmos essas condições não nos podemos queixar que um dia estamos a exigir missões difíceis de cumprir por falta de recursos”, afirmou, “Depois não nos queixemos de desilusões, frustrações ou afastamentos”, acrescentou.
Pedindo mais meios, destacou que o reforço e apoio às Forças Armadas “não é ser-se de direita ou de esquerda é ser-se simplesmente patriota”. E sublinhou:” E não é só tarefa de um Governo requer um consenso nacional”.
“Não podemos reclamar por mais ações externas e pensarmos que longe estão as guerras e que há muito mais onde gastar dinheiro”, acrescentou.
Para o Presidente, a guerra na Ucrânia “pode vir a ser a mais brutal em número de refugiados” e “a mais universal em termos de efeitos.”
"Portugal são os portugueses, mais os que se acolheram e por eles foram acolhidos", diz Marcelo, denotando que "servir a pátria, pelas forças armadas, é servir esses portugueses".
“Se a paz não existir, a insegurança atingirá também as nossas vidas”, lembrou, referindo-se ao aumento de preços e todas as consequências decorrentes de uma guerra na economia do país.
“São as Forças Armadas dos principais garantes da paz, mais ainda em tempo de guerra, mesmo que não entrem nessa guerra”.