O Turismo voltou em força


A confiança dos turistas parece estar, progressivamente, a voltar ao normal, confirmando-se que este setor – um elemento essencial da sociedade contemporânea – está em franca recuperação.


Por António Miguel Pina, Presidente da Câmara Municipal  de Olhão e presidente da AMAL

As elevadas taxas de ocupação nas unidades hoteleiras e o número de turistas visitantes no Algarve, nestas miniférias da Páscoa, as reservas para a época alta e o fluxo previsto de turistas nos próximos meses, a níveis idênticos, ou em alguns casos acima de 2019, comprovam que o Turismo voltou em força a Portugal.

A confiança dos turistas parece estar, progressivamente, a voltar ao normal, confirmando-se que este setor – um elemento essencial da sociedade contemporânea – está em franca recuperação.

Com fim da pandemia e um bom índice de poupança no mundo, por força da reclusão das pessoas neste últimos dois anos, traduziu-se em mais viagens, mais reservas, maiores estadias e com um gasto médio mais elevado por turista. 

Tudo leva a crer que estão reunidas as condições para que o processo de retoma se consolide, porém deveremos ter cuidado e atenção aos danos colaterais – positivos e negativos – que a guerra na Ucrânia pode trazer, como por exemplo, a escolha de Portugal como um destino mais seguro (positivo) e o aumentos dos custos da energia, combustível e, consequentemente, matérias-primas e serviços associados (negativos).

Há um conjunto de desafios importantes para a indústria do turismo e urge as empresas do setor adaptarem-se, nomeadamente, a transformação digital, a transição e gestão dos recursos energéticos, a conectividade e a mobilidade, as competências dos recursos humanos, a inovação e a compatibilidade do modelo de desenvolvimento turístico com o desenvolvimento dos territórios. 

Numa indústria ‘human touch’, como a do turismo, os recursos humanos assumem grande importância na competitividade das empresas e na qualidade dos serviços que as mesmas prestam ao cliente. Nos últimos anos, muitos têm sido os alertas para a escassez de mão-de-obra no setor, o que se agravou com a pandemia e a vulnerabilidade do setor, desviando-os para outras atividades.

Para além das questões colocadas, parece-me importante recordar que a indústria do turismo foi responsável, antes da pandemia (2019), por 70 milhões de dormidas, receitas de 18,4 mil milhões, gerando um resultado líquido positivo de mais de 1000 milhões de euros e empregando, direta e indiretamente, mais de 300 mil pessoas. Contra factos não há argumentos!

Deveremos, todos nós – payers, decisores regionais e nacionais – olhar para este setor de forma abrangente e responsável, de modo a minimizar alguns constrangimentos causados pelo crescimento do turismo nos destinos, bem como desmistificar alguma “turismofobia” cada vez mais crescente.

O Turismo voltou em força


A confiança dos turistas parece estar, progressivamente, a voltar ao normal, confirmando-se que este setor - um elemento essencial da sociedade contemporânea - está em franca recuperação.


Por António Miguel Pina, Presidente da Câmara Municipal  de Olhão e presidente da AMAL

As elevadas taxas de ocupação nas unidades hoteleiras e o número de turistas visitantes no Algarve, nestas miniférias da Páscoa, as reservas para a época alta e o fluxo previsto de turistas nos próximos meses, a níveis idênticos, ou em alguns casos acima de 2019, comprovam que o Turismo voltou em força a Portugal.

A confiança dos turistas parece estar, progressivamente, a voltar ao normal, confirmando-se que este setor – um elemento essencial da sociedade contemporânea – está em franca recuperação.

Com fim da pandemia e um bom índice de poupança no mundo, por força da reclusão das pessoas neste últimos dois anos, traduziu-se em mais viagens, mais reservas, maiores estadias e com um gasto médio mais elevado por turista. 

Tudo leva a crer que estão reunidas as condições para que o processo de retoma se consolide, porém deveremos ter cuidado e atenção aos danos colaterais – positivos e negativos – que a guerra na Ucrânia pode trazer, como por exemplo, a escolha de Portugal como um destino mais seguro (positivo) e o aumentos dos custos da energia, combustível e, consequentemente, matérias-primas e serviços associados (negativos).

Há um conjunto de desafios importantes para a indústria do turismo e urge as empresas do setor adaptarem-se, nomeadamente, a transformação digital, a transição e gestão dos recursos energéticos, a conectividade e a mobilidade, as competências dos recursos humanos, a inovação e a compatibilidade do modelo de desenvolvimento turístico com o desenvolvimento dos territórios. 

Numa indústria ‘human touch’, como a do turismo, os recursos humanos assumem grande importância na competitividade das empresas e na qualidade dos serviços que as mesmas prestam ao cliente. Nos últimos anos, muitos têm sido os alertas para a escassez de mão-de-obra no setor, o que se agravou com a pandemia e a vulnerabilidade do setor, desviando-os para outras atividades.

Para além das questões colocadas, parece-me importante recordar que a indústria do turismo foi responsável, antes da pandemia (2019), por 70 milhões de dormidas, receitas de 18,4 mil milhões, gerando um resultado líquido positivo de mais de 1000 milhões de euros e empregando, direta e indiretamente, mais de 300 mil pessoas. Contra factos não há argumentos!

Deveremos, todos nós – payers, decisores regionais e nacionais – olhar para este setor de forma abrangente e responsável, de modo a minimizar alguns constrangimentos causados pelo crescimento do turismo nos destinos, bem como desmistificar alguma “turismofobia” cada vez mais crescente.