“A luta do seu país pela liberdade é a luta da Europa toda pela liberdade”, frisa Augusto Santos Silva

“A luta do seu país pela liberdade é a luta da Europa toda pela liberdade”, frisa Augusto Santos Silva


Presidente da Assembleia da República disse no seu discurso, com direito à presença de Zelensky, que Portugal vai garantir apoio militar e humanitário para a Ucrânia e assinalou que a luta deste país “pela liberdade é a luta da Europa toda pela liberdade”. 


Após o discurso de 15 minutos do Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, perante o Parlamento português, chegou a vez de Augusto Santos Silva, presidente da Assembleia da República, de assumir que Portugal vai garantir apoio militar e humanitário para a Ucrânia e assinalar que a luta deste país "pela liberdade é a luta da Europa toda pela liberdade". 

"Portugal condenou desde o primeiro momento a agressão militar da Rússia contra a Ucrânia", começou por dizer Augusto Santos Silva na sua intervenção no Parlamento, argumentando que Portugal pouco demorou a acusar a ação militar do regime de Vladimir Putin.

"Para Portugal o agressor é a Federação Russa, e o agredido a Ucrânia", disse Santos Silva, defendendo que o país invadido seja "apoiado" na defesa da invasão que está a sofrer.

"Estes países têm o direito de reforçar a sua capacidade de defesa e o dever moral e político de ajudar a Ucrânia", disse o presidente do Parlamento, em relação à UE e à NATO.

Augusto Santos Silva também deu a sua palavra em como Portugal vai garantir apoio militar e humanitário para a Ucrânia. 

"Na resposta portuguesa, pesou certamente o relacionamento estreito que existe entre os dois países. O laço mais forte é constituído pela comunidade ucraniana estabelecida em Portugal, bem integrada, que em muito contribuem para a nossa Economia, e em cujos filhos se encontram alguns dos melhor alunos das escolas portuguesas", defendeu o presidente do Parlamento.

Sem hesitações nem ambiguidades, garantiu Santos Silva, Portugal bate-se ao lado dos ucranianos. É "uma honra" receber Zelensky no Parlamento, disse, realçando a "unidade nacional" no apoio à Ucrânia, que "junta os órgãos de soberania e é partilhado por partidos do Governo e da oposição".

"Choramos os mortos que têm sucumbido à barbárie e ao horror da guerra iniciada pelo regime de Putin. Deploramos a destruição de cidades. Saudamos e admiramos o esforço heroico do exército e da sociedade ucraniana na defesa da sua pátria, incluindo o Donbass", vincou Santos Silva, ao notar que Portugal está do lado da Ucrânia no pedido de candidatura à União Europeia.

O presidente da Assembleia referiu ainda os mais de 30 mil ucranianos que encontraram em Portugal refúgio da guerra, bem como as crianças matriculadas nas escolas portuguesas. "As portuguesas e os portugueses estão empenhados nesta vasta cadeia de solidariedade", apontou. 

A chegar ao fim do seu discurso, Santos Silva acenou ainda à embaixadora ucraniana em Portugal, que estava presente na Assembleia. "Ouvimos com toda a atenção e espírito aberto as suas palavras e os seus apelos", garantiu o presidente do Parlamento.

"Precisamos de ganhar a paz, e para isso precisamos de fazer frente à agressão, envolvendo-nos num processo negocial sério em caminho à paz", defendeu Augusto Santos Silva.

"A luta do seu país pela liberdade é a luta da Europa toda pela liberdade. E a essa luta Portugal democrático nunca faltou, e não faltará", concluiu o presidente da Assembleia da República, que mereceu também palmas de todo o hemiciclo em pé.

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