Votação para ‘vice’ da AR sem desfecho. Gabriel Mithá Ribeiro chumbado pelos deputados

Votação para ‘vice’ da AR sem desfecho. Gabriel Mithá Ribeiro chumbado pelos deputados


Numa segunda ronda da votação, Gabriel Mithá Ribeiro obteve 37 votos a favor, 177 brancos e 11 nulos, muito longe dos 116 deputados necessários para conseguir ser eleito vice-presidente. André Ventura disse que hoje trata-se de “um dia bastante negro”. 


Depois de Diogo Pacheco de Amorim (Chega) ficar pelo caminho nas eleições para vice-presidente da Assembleia da República, o segundo nome proposto pelo partido de André Ventura, Gabriel Mithá Ribeiro, também não convenceu os deputados.

Numa segunda ronda da votação, Gabriel Mithá Ribeiro obteve 37 votos a favor, 177 brancos e 11 nulos, muito longe dos 116 deputados necessários para conseguir ser eleito vice-presidente.

Desta forma, a Mesa do Parlamento funcionará, por enquanto, com o presidente Augusto Santos Silva e os dois 'vices' já escolhidos: Edite Estrela (PS) e Adão Silva (PSD). 

Se após a repetição da votação continue a faltar votos necessários para a eleição do ‘vice’ indicado pelo Chega, a conferência de líderes decidiu que o assunto será tratado “em momento futuro” e a Mesa iniciará funções.

Após o resultado, o Presidente do Chega, André Ventura, disse aos jornalistas que hoje é "um dia bastante negro". 

O líder explicou que "o Chega, sabendo e conhecendo publicamente que havia infundadas mas objeções de variados quadrantes políticos ao nome de Diogo Pacheco de Amorim, apresentou outro nome", mas, na sua ótica, "ficou demonstrado que a questão não é o nome que o Chega apresenta".

Para Ventura, há "uma maioria de bloqueio que não quer o Chega na vice-presidência da Assembleia da República". 

De acordo com o Regimento, cada um dos quatro maiores grupos parlamentares (nesta legislatura, PS, PSD, Chega e IL) propõe um vice-presidente e, tendo um décimo ou mais do número de deputados, pelo menos um secretário e um vice-secretário.

Sublinhe-se que, na XV legislatura, o Chega é a terceira força política, com 12 deputados, depois do PS (120) e do PSD (77). Seguem-se IL (oito deputados), PCP (seis) e BE (cinco). O PAN e o Livre têm um deputado cada.

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