Presidente do Brasil diz ser vítima de perseguição política por juíz do Supremo Tribunal Federal

Presidente do Brasil diz ser vítima de perseguição política por juíz do Supremo Tribunal Federal


“Sabemos o que eles querem, o que alguns querem aqui no Brasil. Não são todos, nem é uma instituição. Alguns querem eu fora de combate e o [ex-presidente] Lula [da Silva], eleito”, afirmou Bolsonaro.


O Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, disse que um juiz do Supremo Tribunal Federal (STF) está a realizar uma alegada perseguição contra si.

"Sabemos da posição do Alexandre de Moraes [juiz do STF que determinou suspensão do Telegram]. É claro, não é nenhuma novidade o que eu vou falar. É uma perseguição implacável para cima de mim. Tivemos momentos difíceis no ano passado, quando o TSE [Tribunal Superior Eleitoral] julgou a possibilidade de cassação da chapa Bolsonaro-Mourão por 'fake news'", disse o chefe de Estado, em entrevista à TV Jovem Pan.

"Eu até respondi processo no TSE por abuso de poder económico (…) Sabemos o que eles querem, o que alguns querem aqui no Brasil. Não são todos, nem é uma instituição. Alguns querem eu fora de combate e o [ex-presidente] Lula [da Silva], eleito", acrescentou.

Note-se que Alexandre de Moraes é também relator de várias investigações contra Bolsonaro. Assim, o líder brasileiro e seus apoiantes afirmam que Moraes está a fazer uma perseguição política que incluiu a suspensão do Telegram – plataforma muito usada pelos apoiantes do governo brasileiro e que tem uma presença ainda considerável entre grupos de extrema-direita. Na sexta-feira, Bolsonaro classificou a suspensão do Telegram como algo inadmissível.

Depois do anúncio da suspensão, o Telegram entrou em contacto com o STF. A plataforma obteve decisão favorável de Moraes, que revogou a suspensão de funcionamento do Telegram no passado domingo.