Estarão os governantes de hoje à altura dos tempos que se aproximam?


Agora parecem baratas tontas a querer fazer em trinta dias o que não fizeram em trinta anos. Não é que isso seja mau, pelo contrário, mas tanto voluntarismo costuma significar pouca maturação. 


Observando o complexo momento político actual, confesso-me muito apreensivo. Conjuntural, estrutural e operativamente.

Conjunturalmente porque o cenário internacional é muitíssimo frágil, assente em jogos de sombras e bluffs furados, ou não fosse este o primeiro tempo de guerra em que não há Estadistas, circunstância que causou a decadência dos valores ocidentais, numa agenda política erradamente seguida nas últimas três décadas e em que de tudo aquilo que se discutiu, muito pouco importava.

Agora parecem baratas tontas a querer fazer em trinta dias o que não fizeram em trinta anos. Não é que isso seja mau, pelo contrário, mas tanto voluntarismo costuma significar pouca maturação. 

A sua ausência, por sua vez, poderá conduzir a uma quimera meramente panfletária, mais preocupada com as momentâneas dores mediáticas do que em assegurar uma solução duradoura, coisa que não serve.

Estruturalmente, como já considerei, acentua-se aquele trago amargo, capaz de deixar bem claro que quem governa pouco mais parece saber que o governado.

Os governantes europeus de hoje, comparados com os seus antecessores em tempos de guerra, são medíocres.

Os parlamentos são maioritariamente compostos por quem tanto é deputado como podia ser qualquer outra coisa ou até mesmo coisa nenhuma. A sua profundidade intelectual é nitidamente limitada e a densidade dogmática existente, praticamente nula.

Por fim, operativamente, a preocupação agrava-se quando da confluência das dinâmicas anteriores apenas poderá resultar inércia. Nalguns casos por falta de vontade em fazer melhor, noutros, por incapacidade de saber fazer melhor.
Faltam modelos. Faltam exemplos. 

Dure lá esta guerra o tempo que durar e acabe lá ela quando acabar, não se observa capital político, este, capaz de saber virar a página.

Perguntam-me:

Então que sugeres? Sentamo-nos e esperamos um fim que não podemos evitar?

Não. Sentada tem estado gente a mais por demasiado tempo. Aquilo devemos fazer é exigir a quem se senta em determinadas cadeiras que esteja à altura do lugar que ocupa. Isto, se lá se quiser manter.

Ou como se diz na minha, que só queira tocar viola quem tiver unhas para o fazer.

Estarão os governantes de hoje à altura dos tempos que se aproximam?


Agora parecem baratas tontas a querer fazer em trinta dias o que não fizeram em trinta anos. Não é que isso seja mau, pelo contrário, mas tanto voluntarismo costuma significar pouca maturação. 


Observando o complexo momento político actual, confesso-me muito apreensivo. Conjuntural, estrutural e operativamente.

Conjunturalmente porque o cenário internacional é muitíssimo frágil, assente em jogos de sombras e bluffs furados, ou não fosse este o primeiro tempo de guerra em que não há Estadistas, circunstância que causou a decadência dos valores ocidentais, numa agenda política erradamente seguida nas últimas três décadas e em que de tudo aquilo que se discutiu, muito pouco importava.

Agora parecem baratas tontas a querer fazer em trinta dias o que não fizeram em trinta anos. Não é que isso seja mau, pelo contrário, mas tanto voluntarismo costuma significar pouca maturação. 

A sua ausência, por sua vez, poderá conduzir a uma quimera meramente panfletária, mais preocupada com as momentâneas dores mediáticas do que em assegurar uma solução duradoura, coisa que não serve.

Estruturalmente, como já considerei, acentua-se aquele trago amargo, capaz de deixar bem claro que quem governa pouco mais parece saber que o governado.

Os governantes europeus de hoje, comparados com os seus antecessores em tempos de guerra, são medíocres.

Os parlamentos são maioritariamente compostos por quem tanto é deputado como podia ser qualquer outra coisa ou até mesmo coisa nenhuma. A sua profundidade intelectual é nitidamente limitada e a densidade dogmática existente, praticamente nula.

Por fim, operativamente, a preocupação agrava-se quando da confluência das dinâmicas anteriores apenas poderá resultar inércia. Nalguns casos por falta de vontade em fazer melhor, noutros, por incapacidade de saber fazer melhor.
Faltam modelos. Faltam exemplos. 

Dure lá esta guerra o tempo que durar e acabe lá ela quando acabar, não se observa capital político, este, capaz de saber virar a página.

Perguntam-me:

Então que sugeres? Sentamo-nos e esperamos um fim que não podemos evitar?

Não. Sentada tem estado gente a mais por demasiado tempo. Aquilo devemos fazer é exigir a quem se senta em determinadas cadeiras que esteja à altura do lugar que ocupa. Isto, se lá se quiser manter.

Ou como se diz na minha, que só queira tocar viola quem tiver unhas para o fazer.