Com o aumento dos preços dos combustíveis são várias as associações dos vários setores que alertam para as consequências desta escalada e pedem mais apoios ao Governo. Um dos exemplos é a Associação Portuguesa de Empresas de Congressos, Animação Turística e Eventos (Apecate) que garante que esta escalada está “a colocar em causa a sobrevivência das empresas que, após dois anos de pandemia, estão com graves dificuldades para conseguir resistir e manter a sua capacidade operacional”.
Face a este cenário, a Apecate propôs algumas medidas ao Governo como é o caso da redução do IVA nos combustíveis ou a dedução do IVA dos combustíveis, nomeadamente da gasolina, à coleta, quando estes são necessários para efetuar as atividades de animação turística e marítimo turística. E sugere ainda a criação de ‘gasolina verde’, à semelhança do que existe no petróleo.
Estas são algumas das medidas sugeridas e, segundo a Apecate, “caso não existam medidas para mitigar este problema, iremos assistir a um aumento significativo nos preços das atividades, diminuindo a capacidade das nossas empresas em operar e continuar a prestar os serviços turísticos, nomeadamente do setor dos eventos e da animação turística”.
Mas a Apecate não foi a única. A Associação Nacional das Empresas Metalúrgicas e Eletromecânicas (ANEME) defende que o Governo “terá de ir mais longe que as linhas de crédito tradicionais”, exigindo “o desagravamento da carga fiscal com redução do IVA sobre os custos energéticos, do IRC e do imposto sobre os produtos petrolíferos”.
E acrescenta: “Para evitar a falência de tão importante setor, a ANEME defende ainda um apoio à manutenção de postos de trabalho, como o layoff simplificado”.
Ainda esta quarta-feira o primeiro-ministro António Costa esteve no Parlamento Europeu, onde reuniu com a presidente Roberta Metsola e garantiu que “já adotou as medidas que podiam ser adotadas” para responder à escalada dos preços dos combustíveis. O primeiro-ministro espera agora a autorização europeia para poder ir mais longe nas medidas.